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CICLONE EXTRATROPICAL

Quase 30 horas após vendaval, moradores da região seguem sem energia elétrica; RGE se manifesta

Prejuízos foram causados após fortes rajadas de vento que atingiram o Rio Grande do Sul por volta do meio-dia de quinta-feira

Publicado em: 25/10/2024 às 18h:01 Última atualização: 25/10/2024 às 18h:02
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Fortes ventos atingiram o Vale dos Sinos por volta do meio-dia desta quinta-feira (24), provocados pela formação de um ciclone extratropical que trouxe temporais e rajadas de mais de 130 km/h ao Rio Grande do Sul. Passadas mais de 24 horas desde o pico da ventania, moradores da região continuam sem energia elétrica e relatam quedas de árvores ainda não removidas.

Queda de árvore na Rua Mercúrio, no Bairro Boa Saúde, deixa comunidade sem energia elétrica. | abc+



Queda de árvore na Rua Mercúrio, no Bairro Boa Saúde, deixa comunidade sem energia elétrica.

Foto: Letícia Breda/GES-Especial

Um exemplo dessa situação ocorre no bairro Boa Saúde, em Novo Hamburgo, onde a queda de uma árvore bloqueou a Rua Mercúrio e causou falta de luz para a comunidade. A queda aconteceu no início da tarde de ontem e nesta sexta, por volta das 15 horas, a situação seguia a mesma.

Segundo a aposentada Neusa Nunes da Silveira, de 53 anos, já são quase 28 horas sem energia. “Ainda estamos esperando o retorno da luz, os alimentos na minha geladeira estão estragando. Sem falar que à noite fica um breu”, comenta.

Aposentada Neusa Nunes da Silveira é uma das moradoras que aguarda o retorno da luz. | abc+



Aposentada Neusa Nunes da Silveira é uma das moradoras que aguarda o retorno da luz.

Foto: Letícia Breda/GES-Especial

A queda da árvore, uma das maiores da rua, causou um estouro que assustou o chapeador Marcelo Pacheco, de 46 anos. “Foi um barulho muito forte. Isolaram a área, mas estamos aguardando uma equipe para resolver. Já pedi várias vezes que podem as árvores, isso acontece com frequência”, relata.

Na região da RGE, mais de 15 mil residência seguem sem luz

Conforme a Rio Grande Energia (RGE), até as 13 horas desta sexta-feira (25), haviam 15,5 mil clientes sem energia elétrica, o que representa 0,5% do total de consumidores da distribuidora, com os maiores impactos nas regiões Metropolitana, Serra e Planalto. O pico de interrupções foi registrado às 12h47 de quinta-feira, afetando 9,4% dos clientes, mas a RGE afirma que, em menos de 24 horas, restabeleceu a energia para cerca de 95% das unidades afetadas.

A RGE orienta a população a manter distância de fios partidos ou galhos de árvores caídos sobre a rede elétrica e a acionar a empresa ou o Corpo de Bombeiros nesses casos. Em relação a ocorrência no bairro Boa Saúde, a empresa informa que equipes já estão atendendo o caso e a previsão é de retorno ainda hoje.

Sobre as árvores

A Prefeitura de Novo Hamburgo disse que a Defesa Civil não recebeu chamados relacionados ao vendaval desta quinta-feira. Já a Secretaria Municipal de Meio Ambiente realizou 12 atendimentos para a remoção de árvores e galhos caídos pela cidade, inclusive no bairro Boa Saúde, embora sem solicitações específicas para a Rua Mercúrio. Outros casos foram em relação a Secretaria Municipal de Saúde que registrou nove unidades sem energia elétrica devido à tempestade, mas todas já tiveram o fornecimento restabelecido e os atendimentos normalizados.

Campo Bom também registrou estragos

Em Campo Bom, os ventos fortes causaram prejuízos à população, com o destelhamento de ao menos 45 casas e a queda de 23 árvores, que bloquearam vias e afetaram cabos da rede elétrica. Uma das situações mais críticas foi no loteamento do bairro Monaco.

Campo Bom registrou destelhamento de casas em virtude dos fortes ventos. | abc+



Campo Bom registrou destelhamento de casas em virtude dos fortes ventos.

Foto: Emerson Santos/PMCB

Apesar dos danos, apenas uma família ficou desalojada. A Defesa Civil do município segue trabalhando para a normalização desde ontem. A orientação da prefeitura é que moradores que necessitem de lonas entrem em contato pelo número (51) 99675-5497.

Igrejinha registrou as maiores rajadas de vento

O município de Igrejinha registrou as rajadas mais fortes, chegando a 133,2 km/h, o que causou quedas de árvores, destelhamento de casas e o bloqueio de uma rodovia. Segundo a Defesa Civil de Igrejinha, a situação mais crítica foi resolvida ainda ontem, restando apenas chamados pontuais sobre quedas de energia e pequenas ocorrências nesta sexta-feira.

Equipes da Defesa Civil de Igrejinha estiveram nas ruas da cidade nesta quinta-feira. | abc+



Equipes da Defesa Civil de Igrejinha estiveram nas ruas da cidade nesta quinta-feira.

Foto: Divulgação

 

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