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Qual é a expectativa de vida no Rio Grande do Sul? Vale do Sinos tem um dos menores números
Conforme estudo do Governo do Estado, em 2021 a Covid-19 foi uma das principais causas de morte no RS
Última atualização: 26/01/2024 13:52
A expectativa de vida reduziu no Rio Grande do Sul, o principal fator foram as mortes causadas por doenças infecciosas e parasitárias, incluindo a Covid-19. Conforme estudo do Governo do Estado, em 2021, elas foram as responsáveis por 26,4% do total de 117.722 óbitos.
Dessa forma, no ano de 2021, a expectativa de vida ao nascer no RS chegou a 76,38 anos, uma redução de 1,07 anos em relação a 2020. Essa foi a primeira queda, entre um ano e outro, desde 2010, quando teve início a série histórica.
Os dados são da pesquisa Indicadores de mortalidade para o RS e seus Conselhos Regionais de Desenvolvimento - 2010-21, produzida pelo Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (DEE/SPGG).
Responsável pelo estudo, a pesquisadora Marilene Bandeira explica que foram consideradas as estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2021. O número total de mortes no ano foi 26,9% maior do que o registrado em 2020.
"A mudança do perfil da mortalidade por causa da Covid-19 foi mais intenso ainda em 2021, quando comparado com os anos anteriores. Em 2020, tivemos os primeiros impactos dos óbitos por Covid-19 na expectativa de vida, mas em 2021 tivemos o ápice desses números", ressalta.
Vale do Sinos tem uma das menores expectativas de vida
Os dados indicam que em 2021 uma pessoa da região Norte, que engloba a região de Erechim, tinha expectativa de viver 79,66 anos, a mais alta do Estado. Na sequência vinha o Nordeste, que engloba municípios como Lagoa Vermelha e Machadinho, com 79,34 anos, e Vale do Jaguari, que inclui Santiago e Cacequi, com 79,11 anos. Já as regiões da Campanha (74,65 anos), Vale do Sinos (74,66) e Fronteira Oeste (74,69) registraram os menores números.
Qual seria a expectativa de vida sem a Covid?
Em uma projeção realizada na pesquisa, caso as mortes por doenças infeccionas e parasitárias fossem excluídas do cálculo, a expectativa de vida ao nascer no Estado seria de 78,33 anos, 1,95 anos mais do que o número final.
O material também aponta que segue a diferença de 7 anos na expectativa de vida ao nascer entre homens e mulheres no Rio Grande do Sul. Para as mulheres, a estimativa chegou a 79,88 anos em 2021, enquanto para os homens foi de 72,86 anos.
Quais são as principais causas de mortes?
Depois das doenças infecciosas e parasitárias, as doenças do aparelho circulatório ocuparam a segunda colocação entre as causas de mortes no Estado em 2021, com 19,8% do total, seguidas das neoplasias (câncer), com 16,9%, das doenças do aparelho respiratório (7,1%) e de causas externas (6,5%).
Entre a população de um a 34 anos de idade, as causas externas, como homicídios, acidentes de trânsito, suicídio e quedas, ocupam a primeira posição. Entre os 35 e os 79 anos, as doenças infecciosas e parasitárias foram as líderes.