Dezenas de moradores de ocupações leopoldenses participaram, na manhã desta segunda-feira (23), de um protesto pacífico em frente à agência da Caixa Econômica Federal na Rua Independência, no Centro de São Leopoldo.
A manifestação integra a agenda da jornada de luta, que vem promovendo ações diferentes organizadas pelo Movimento Nacional de Luta por Moradia (MNLM) em todo o País desde a última semana e que devem seguir pelos próximos dias, em vários estados.
Orçamento e imóveis
O dirigente do MNLM, Cristiano Schumacher, acompanhou a manifestação leopoldense e explicou que a intenção é evidenciar quatro pautas fundamentais da área. “A primeira é rever a previsão orçamentária para o Minha Casa, Minha Vida. Estamos colocando para o governo federal, a necessidade de aumentar já a previsão de orçamento para este ano, dobrando o que está previsto hoje para o faixa 1”, disse.
Outra demanda buscada é a de viabilizar moradias por meio de estruturas já não utilizadas pelos governos. “A gente precisa que o governo federal agilize a destinação dos imóveis da União. Tem milhares de imóveis abandonados no País, que não têm mais a utilidade que tinham na época que foram construídos”, colocou, citando a necessidade de estados também agilizarem esse processo.
Conselho e combate ao despejo
A terceira pauta pede a retomada do Conselho Nacional das Cidades, e a quarta, a construção de uma modulação diferenciada dentro do Minha Casa, Minha Vida, que vise resolver situações de conflito fundiário. “Uma das reivindicações é um programa nacional de regularização fundiária que evite e previna despejos, tanto judiciais, quanto aqueles que envolvem questões climáticas, para que a gente possa ter uma modulação diferente do Minha Casa, Minha Vida”, salientou Schumacher, ressaltando que, durante a campanha Despejo Zero, foram identificadas mais de 200 mil famílias ameaçadas de despejo no Brasil.
Conforme o dirigente, o protesto ocorreu em frente a agência da Caixa, porque o banco é um “ponto de ligação com o governo federal” na cidade. Ontem, além de São Leopoldo, Passo Fundo e Porto Alegre também registraram atividades do MNLM, segundo Schumacher.
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