O governador Eduardo Leite, ao final da reunião que ocorreu em Gramado com prefeitos da região, retomou um assunto que estava esquecido há alguns meses: os projetos de concessão dos conjuntos de rodovias estaduais, que foram divididas em 1, 2 e 3. Apenas o bloco 3 foi concessionado até o momento.
Na ocasião, trouxe uma novidade referente ao bloco 1, que contempla as estradas RS-020, 040, 115, 118, 235, 239, 466 e 474. “Estamos finalizando os projetos, a ideia é sim fazer as concessões. Tem uma novidade, não sei se deveríamos falar, porque ainda estamos analisando, mas agora já comecei a falar”, brincou.
Com o decreto de calamidade do Estado, o governo federal não fez apenas a suspensão da dívida, mas liberou a contratação de crédito ou financiamento para investimentos. “O governo do Rio Grande do Sul estava proibido de contratar financiamentos para obras, por causa da situação fiscal. E agora estão liberando. O que estamos tentando ver, se podemos pegar esse financiamento e usar como aporte em projetos de parcerias, de PPP (público privada), de concessões”, explica o governador.
Isso significa que, se for possível, o Estado poderá fazer um aporte maior na concessão. “É mais obra, mais investimento, com custo mais baixo na tarifa de pedágio. Consigo fazer um bem bolado, digamos assim, que é juntar aporte com parceria e então garanto obra grande, rápida, e com manutenção ao longo do período com custo reduzido. Porque se eu não tiver aporte, vai tudo para a tarifa”, justifica.
A fala do governador vem de encontro com as afirmações do prefeito de São Francisco de Paula, Marcus Aguzzolli, e do empresário gramadense Giovani Ghisleni, que se manifestou representando a agência Visão e a Planta.
Aguzzolli disse que “não pode se ter medo de fazer o que precisa ser feito” e que a RS-020 “precisa ter terceira pista, passar para o privado e ter pedágio”. “Cobre para poder cobrar dessas concessionárias e tirar do colo do governo do Estado”, frisou.
Já Ghisleni afirma que “as entidades apoiam a privatização das rodovias da região”.
LEIA TAMBÉM