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EMPREENDEDORISMO

Projeto da feira afro de Novo Hamburgo conta com cursos e orientações

Próximo encontro será no sábado, 3 de setembro, e a segunda edição deve ocorrer em novembro

Juliana Dias Nunes
Publicado em: 31/08/2022 às 06h:09 Última atualização: 06/11/2024 às 16h:30
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Lisiane de Souza, 48 anos, participa com frequência de eventos em Porto Alegre com produtos de sua loja, a Estilo Próprio. Agora, com o apoio de outros empreendedores e entidades ligadas ao comércio, a Lisi, como é conhecida, quer ampliar a cartela de clientes na cidade em que vive, Novo Hamburgo.

Lisi de Souza é uma das afroempreendedoras. Entre os produtos estão óculos de sol e brincos em MDF | abc+



Lisi de Souza é uma das afroempreendedoras. Entre os produtos estão óculos de sol e brincos em MDF

Foto: Juliana Nunes/GEs-Especial

“Comecei como vendedora em lojas e boutiques da região, depois fui gerente, e meu sonho sempre era ter a minha loja. Com a pandemia comecei a trabalhar bastante a rede social, fazer muita live para conhecerem a marca e aí começou uma proporção maior. Mas ainda vejo que conhecem mais meu trabalho em Porto Alegre, quero ser conhecida em Novo Hamburgo também e o próximo passo é ter um espaço físico só para a loja”, comenta.

É esta visibilidade e protagonismo que a feira afro-hamburguense, projeto liderado pela Secretaria de Cultura de Novo Hamburgo (Secult), e que ganhou a parceria do Sindilojas, Senac e Sesc, tem trazido. A primeira edição foi em junho e o grupo tem se reunido para fortalecer os laços e criar um calendário. A proposta é que a feira afro se torne mensal e a segunda edição deve ocorrer em novembro. Neste sábado, 3, o grupo se encontra no Senac Novo Hamburgo a partir das 8h30, para alinhar as datas das reuniões e capacitações. Os treinamentos têm foco em vendas, redes sociais e outros temas para a gestão dos negócios.

Formalização

Segundo o diretor-executivo do Sindilojas Novo Hamburgo, Rafael Silva, as entidades estão atentas às necessidades dos afroempreendedores. “Estamos auxiliando no que diz respeito à formalização. Algumas empreendedoras têm registro de Microempreendedor Individual (MEI), outras não. E também para que saibam que têm o suporte das três instituições. A ideia é fomentar o trabalho e viabilizar a construção deste empreendedorismo.”

Valorização

Leonardo da Rosa, chefe de gabinete da Secult, ressalta que a criação do evento traz a valorização da cultura afro em Novo Hamburgo. “A ideia da feira é valorizar o afroempreendedor, seja jovem, com família, para que possa se empoderar. E ela tem uma característica cultural com atrações musicais, capoeira, todas matizes de origem afro estão presentes”, diz.

O projeto se soma a políticas antirracistas desenvolvidas pela Secult.

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