PALAVRAS DE ÓDIO
Professoras e aluna são ameaçadas por homem em ato contra violência às mulheres em Feliz
Agressor se dirigiu a elas durante exposição em Praça Municipal. Indivíduo ainda não foi identificado
Última atualização: 02/02/2024 14:58
"Sou mulher e preciso dizer: diariamente, nós mulheres somos submetidas a inúmeras situações que nos amedrontam, vigilam, calam e, na pior das situações, nos fazem vítimas fatais. Não é possível ignorar e negar tais realidades. É preciso falar sobre o que nos incomoda, isola e não nos deixa que sejamos quem realmente quisermos." Foi por causa desse texto, exposto na Praça Municipal de Feliz na sexta-feira (10), junto com manifestações de estudantes que se posicionavam contra a violência destinada às mulheres, que duas professoras e uma aluna foram surpreendidas por um homem que, incomodado, começou a proferir palavras de ódio.As vítimas preferiram não ter seus nomes e fotos publicadas, mas de acordo com uma das professoras, o homem ainda não foi identificado. Imediatamente após o ataque, elas fizeram boletim de ocorrência. "O agressor passou e começou a falar sobre assassinato de mulheres, o que chamou nossa atenção. Foi então que olhamos para ele e ele falou para nós três: 'Morrem poucas mulheres, é preciso morrer mais, principalmente as comunistas como vocês'. A princípio ficamos chocadas, não sabíamos como reagir", conta uma das professoras.
A exposição, que foi autorizada pela Prefeitura de Feliz, também fazia parte de trabalhos alusivos ao Dia Internacional da Mulher. "As duas professoras e a aluna ficaram paralisadas, sem reação, e em seguida nos ligaram, pois se sentiram ameaçadas e com medo", conta o diretor geral da do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense (IFRS) Feliz, Marcelo Lima Calixto.
Segundo o delegado da Polícia Civil da cidade, Marcos Pepe, desde a última quinta-feira, a delegacia está sem sistema e, portanto, o registro de ocorrência ainda não foi acessado. "Mas estamos a par, as professoras já vieram duas vezes aqui e assim que possível vamos analisar câmeras de segurança para tentar identificar o autor das palavras", declara Pepe.
Segundo o relato das vítimas, o homem é alto, cabelos curtos e pretos, e carregava algo nas mãos, como documentos, papéis e carteira.
Mobilização
Em nota, o IFRS afirma que, em nome da comunidade do campus Feliz, externa apoio e solidariedade às colegas e aluna que sofreram tamanha violência. "Nossa instituição, juntamente com as vítimas, está tomando as providências necessárias junto às autoridades policiais competentes. Um boletim de ocorrência foi registrado e o ocorrido será investigado pela polícia. Internamente, o campus está prestando apoio psicológico às servidoras e à aluna, bem como orientando a comunidade acadêmica sobre o tema da violência contra a mulher, na expectativa de que, no futuro, situações de agressão como essa não se repitam", diz o texto.
Ainda na sexta-feira, dia do ocorrido, um grupo de alunos do IFRS se mobilizou em frente à instituição e fez um movimento de apoio às vítimas, pendurando cartazes com dizeres como "ameaças de morte não nos calarão".
"Nos sentimos agredidas enquanto mulheres e enquanto professoras", diz a educadora, ressaltando que o ocorrido na praça trouxe ainda mais certeza de que o assunto deve ser abordado. "É assim que se instala a normalização dos crimes contra nós. Hoje é um xingamento, amanhã é uma ameaça, depois é um tapa, um soco e, por fim, o fim", reforça a professora.
"Sou mulher e preciso dizer: diariamente, nós mulheres somos submetidas a inúmeras situações que nos amedrontam, vigilam, calam e, na pior das situações, nos fazem vítimas fatais. Não é possível ignorar e negar tais realidades. É preciso falar sobre o que nos incomoda, isola e não nos deixa que sejamos quem realmente quisermos." Foi por causa desse texto, exposto na Praça Municipal de Feliz na sexta-feira (10), junto com manifestações de estudantes que se posicionavam contra a violência destinada às mulheres, que duas professoras e uma aluna foram surpreendidas por um homem que, incomodado, começou a proferir palavras de ódio.As vítimas preferiram não ter seus nomes e fotos publicadas, mas de acordo com uma das professoras, o homem ainda não foi identificado. Imediatamente após o ataque, elas fizeram boletim de ocorrência. "O agressor passou e começou a falar sobre assassinato de mulheres, o que chamou nossa atenção. Foi então que olhamos para ele e ele falou para nós três: 'Morrem poucas mulheres, é preciso morrer mais, principalmente as comunistas como vocês'. A princípio ficamos chocadas, não sabíamos como reagir", conta uma das professoras.
A exposição, que foi autorizada pela Prefeitura de Feliz, também fazia parte de trabalhos alusivos ao Dia Internacional da Mulher. "As duas professoras e a aluna ficaram paralisadas, sem reação, e em seguida nos ligaram, pois se sentiram ameaçadas e com medo", conta o diretor geral da do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense (IFRS) Feliz, Marcelo Lima Calixto.
Segundo o delegado da Polícia Civil da cidade, Marcos Pepe, desde a última quinta-feira, a delegacia está sem sistema e, portanto, o registro de ocorrência ainda não foi acessado. "Mas estamos a par, as professoras já vieram duas vezes aqui e assim que possível vamos analisar câmeras de segurança para tentar identificar o autor das palavras", declara Pepe.
Segundo o relato das vítimas, o homem é alto, cabelos curtos e pretos, e carregava algo nas mãos, como documentos, papéis e carteira.
Mobilização
Em nota, o IFRS afirma que, em nome da comunidade do campus Feliz, externa apoio e solidariedade às colegas e aluna que sofreram tamanha violência. "Nossa instituição, juntamente com as vítimas, está tomando as providências necessárias junto às autoridades policiais competentes. Um boletim de ocorrência foi registrado e o ocorrido será investigado pela polícia. Internamente, o campus está prestando apoio psicológico às servidoras e à aluna, bem como orientando a comunidade acadêmica sobre o tema da violência contra a mulher, na expectativa de que, no futuro, situações de agressão como essa não se repitam", diz o texto.
Ainda na sexta-feira, dia do ocorrido, um grupo de alunos do IFRS se mobilizou em frente à instituição e fez um movimento de apoio às vítimas, pendurando cartazes com dizeres como "ameaças de morte não nos calarão".
"Nos sentimos agredidas enquanto mulheres e enquanto professoras", diz a educadora, ressaltando que o ocorrido na praça trouxe ainda mais certeza de que o assunto deve ser abordado. "É assim que se instala a normalização dos crimes contra nós. Hoje é um xingamento, amanhã é uma ameaça, depois é um tapa, um soco e, por fim, o fim", reforça a professora.
A exposição, que foi autorizada pela Prefeitura de Feliz, também fazia parte de trabalhos alusivos ao Dia Internacional da Mulher. "As duas professoras e a aluna ficaram paralisadas, sem reação, e em seguida nos ligaram, pois se sentiram ameaçadas e com medo", conta o diretor geral da do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense (IFRS) Feliz, Marcelo Lima Calixto.