COMUNIDADE
Professora conta como venceu o câncer de mama com ajuda de grupo de apoio
Nara Beatriz Rosa, 62 anos, foi diagnosticada com a doença há 10 anos e encontrou conforto no grupo Força Rosa
Última atualização: 22/01/2024 11:36
Mulheres fortes guardam histórias em todos os cantos do mundo. Em São Leopoldo, a professora aposentada Nara Beatriz Rosa, 62 anos, é uma sobrevivente do câncer de mama e conta sua história para inspirar outras mulheres a buscarem prevenção e também se manterem firmes na estrada em busca do tratamento.
Há dez anos, Nara estava sentada no consultório de oncologia no Hospital Centenário. Enquanto aguardava, ela viu um fôlder escrito Força Rosa. "Tenho mania de ler, professora sempre quer ler tudo. Na época tinha um contato por e-mail." Depois da consulta, ela saiu muito triste, pois descobriu que estava com um grande tumor no seio e que precisaria passar por quimioterapia, radioterapia e retirar a mama.
Ao voltar para casa com a notícia, Nara ficou imersa em pensamentos negativos. "Quando soube que era mesmo o câncer, parece que o chão se abriu. Eu não tinha para onde correr, onde me esconder. Só quem passa sabe. Começam várias perguntas na cabeça, como: eu vou morrer? eu vou ficar bem? Como vou viver sem a mama? Porque o seio da mulher representa a nossa feminilidade", explica ela.
Naquele mesmo dia, ela mandou um e-mail para a Força Rosa, respondido no mesmo instante, com a data e hora dos encontros semanais do grupo, que apoia mulheres com câncer de mama. Nara decidiu ir e se sentiu abraçada pelo grupo, que dividia as mesmas experiências que ela. "Sinto que o grupo é como colo de mãe. Hoje eu sou bisavó, então é difícil achar colo nessa fase. Elas são mais novas do que eu, mas parecem as minhas mães. Quando elas me olham, já sabem se eu estou bem ou não. Quando eu mais precisei, elas estavam lá", relembra Nara.
Espaço para aprendizagens
Apesar de o câncer ter sido uma situação muito difícil para Nara, ela conseguiu superar, fazer amizades na entidade Força Rosa e tirar lições valiosas da experiência. “Estou feliz por estar aqui ainda, já se passaram dez anos e o tumor não voltou. Temos que viver um dia de cada vez, não ficar apenas fazendo planos para semana que vem, e sempre pensar que amanhã vai ser um dia melhor.”
A Força Rosa é uma entidade que iniciou com um pequeno grupo de voluntária e que em 2014 foi oficialmente estruturada como Associação Força Rosa, que tem como objetivo amparar e orientar mulheres com câncer de mama. Atualmente, 60 pacientes com câncer de mama, em vários estágios da doença, integram a instituição.
A entidade realiza dois encontros semanais, sempre com atividades variadas e oficinas na área de cultura e saúde, às segundas e quartas-feiras, das 14 às 17 horas. A partir de março, irão abrir todas as tardes. Para entrar em contato com a Força Rosa, basta acessar o Instagram @forcarosa_ oficial, ou a página do Facebook Associação Força Rosa. A Casa Rosa, que foi inaugurada em novembro, fica localizada na Rua Frei Caneca, 45, bairro Pinheiro, em São Leopoldo.
O impacto da quimioterapia
Após saber da doença, ela decidiu fazer o tratamento. “Decidi enfrentar, queria ver meus netos crescerem, meus bisnetos. Minha família foi muito essencial nesse processo. Fiz questão que ninguém me visse careca, me fragilizei muito. Às vezes depois da quimioterapia eu apagava no sofá, não respondia ninguém. Depois, na radioterapia, meu pescoço estava em carne viva. Foi muito doloroso para mim, mas para cada mulher é diferente”, explica.
Nara sempre imaginou que teria câncer de mama, pois a sua mãe, suas avós e até suas sobrinhas tiveram a doença. Por isso, ela fazia exames anuais, o que possibilitou a detecção do tumor com rapidez. Ela relata como é importante fazer os exames de rotina. “Quanto mais cedo for ao médico, maior a chance de cura. É preciso conhecer e prestar atenção no nosso corpo. Acompanhei todo o tratamento da minha mãe. Algumas parentes minhas até morreram, pois não procuraram ajuda”, alerta a professora aposentada.
O trabalho desenvolvido pela turma Rosa para autonomia e valorização da auto-estima conta com voluntários. A diretoria da Força Rosa é constituída pela vice-presidente Inês Becker, a coordenadora Fabrícia Jaeger e pela presidente Carla Katie Dal-Ri.
Mulheres fortes guardam histórias em todos os cantos do mundo. Em São Leopoldo, a professora aposentada Nara Beatriz Rosa, 62 anos, é uma sobrevivente do câncer de mama e conta sua história para inspirar outras mulheres a buscarem prevenção e também se manterem firmes na estrada em busca do tratamento.
Há dez anos, Nara estava sentada no consultório de oncologia no Hospital Centenário. Enquanto aguardava, ela viu um fôlder escrito Força Rosa. "Tenho mania de ler, professora sempre quer ler tudo. Na época tinha um contato por e-mail." Depois da consulta, ela saiu muito triste, pois descobriu que estava com um grande tumor no seio e que precisaria passar por quimioterapia, radioterapia e retirar a mama.
Ao voltar para casa com a notícia, Nara ficou imersa em pensamentos negativos. "Quando soube que era mesmo o câncer, parece que o chão se abriu. Eu não tinha para onde correr, onde me esconder. Só quem passa sabe. Começam várias perguntas na cabeça, como: eu vou morrer? eu vou ficar bem? Como vou viver sem a mama? Porque o seio da mulher representa a nossa feminilidade", explica ela.
Naquele mesmo dia, ela mandou um e-mail para a Força Rosa, respondido no mesmo instante, com a data e hora dos encontros semanais do grupo, que apoia mulheres com câncer de mama. Nara decidiu ir e se sentiu abraçada pelo grupo, que dividia as mesmas experiências que ela. "Sinto que o grupo é como colo de mãe. Hoje eu sou bisavó, então é difícil achar colo nessa fase. Elas são mais novas do que eu, mas parecem as minhas mães. Quando elas me olham, já sabem se eu estou bem ou não. Quando eu mais precisei, elas estavam lá", relembra Nara.
Espaço para aprendizagens
Apesar de o câncer ter sido uma situação muito difícil para Nara, ela conseguiu superar, fazer amizades na entidade Força Rosa e tirar lições valiosas da experiência. “Estou feliz por estar aqui ainda, já se passaram dez anos e o tumor não voltou. Temos que viver um dia de cada vez, não ficar apenas fazendo planos para semana que vem, e sempre pensar que amanhã vai ser um dia melhor.”
A Força Rosa é uma entidade que iniciou com um pequeno grupo de voluntária e que em 2014 foi oficialmente estruturada como Associação Força Rosa, que tem como objetivo amparar e orientar mulheres com câncer de mama. Atualmente, 60 pacientes com câncer de mama, em vários estágios da doença, integram a instituição.
A entidade realiza dois encontros semanais, sempre com atividades variadas e oficinas na área de cultura e saúde, às segundas e quartas-feiras, das 14 às 17 horas. A partir de março, irão abrir todas as tardes. Para entrar em contato com a Força Rosa, basta acessar o Instagram @forcarosa_ oficial, ou a página do Facebook Associação Força Rosa. A Casa Rosa, que foi inaugurada em novembro, fica localizada na Rua Frei Caneca, 45, bairro Pinheiro, em São Leopoldo.
O impacto da quimioterapia
Após saber da doença, ela decidiu fazer o tratamento. “Decidi enfrentar, queria ver meus netos crescerem, meus bisnetos. Minha família foi muito essencial nesse processo. Fiz questão que ninguém me visse careca, me fragilizei muito. Às vezes depois da quimioterapia eu apagava no sofá, não respondia ninguém. Depois, na radioterapia, meu pescoço estava em carne viva. Foi muito doloroso para mim, mas para cada mulher é diferente”, explica.
Nara sempre imaginou que teria câncer de mama, pois a sua mãe, suas avós e até suas sobrinhas tiveram a doença. Por isso, ela fazia exames anuais, o que possibilitou a detecção do tumor com rapidez. Ela relata como é importante fazer os exames de rotina. “Quanto mais cedo for ao médico, maior a chance de cura. É preciso conhecer e prestar atenção no nosso corpo. Acompanhei todo o tratamento da minha mãe. Algumas parentes minhas até morreram, pois não procuraram ajuda”, alerta a professora aposentada.
O trabalho desenvolvido pela turma Rosa para autonomia e valorização da auto-estima conta com voluntários. A diretoria da Força Rosa é constituída pela vice-presidente Inês Becker, a coordenadora Fabrícia Jaeger e pela presidente Carla Katie Dal-Ri.