Rita Lee, conhecida como a rainha do rock, que morreu no fim da noite de segunda-feira (7), aos 75 anos, marcou gerações passadas e atuais. Transpareceu a sua liberdade através das músicas e encantou milhares de admiradores.
Entre as curiosidades reveladas pelas autobiografias da cantora, uma delas tem dado o que falar. Nas redes sociais, houve até quem falasse que ela fez profecia ao revelar o que imaginava para depois de sua morte:
“Quando eu morrer, posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta. Algumas rádios tocarão minhas músicas sem cobrar jabá, colegas dirão que farei falta no mundo da música, quem sabe até deem meu nome para uma rua sem saída. Os fãs, esses sinceros, empunharão capas dos meus discos e entoarão ‘Ovelha negra’, as TVS já devem ter na manga um resumo da minha trajetória para exibir no telejornal do dia e uma notinha no obituário de algumas revistas há de sair. Nas redes sociais, alguns dirão: ‘Ué, pensei que a véia já tivesse morrido, kkk’. Nenhum político se atreverá a comparecer ao meu velório, uma vez que nunca compareci ao palanque de nenhum deles e me levantaria do caixão para vaiá-los. Enquanto isso, estarei eu de alma presente no céu tocando minha autoharp e cantando para Deus: ‘Thank you Lord, finally sedated’. (…)”.
A fala está na página 266 de Outra Biografia, obra lançada em março.
Outros fatos curiosos da vida da cantora
Não gostava de ser chamada de rainha do rock, considerava a definição cafona. Segundo o UOL, essa era apenas uma das curiosidades da vida de Rita. Preferia ser chamada de defensora da liberdade. Sendo assim, tornou-se a padroeira da liberdade.
Rita Lee nasceu no dia 31 de dezembro, mas como coincide com a virada de ano, escolheu o dia 22 de maio como data comemorativa, que é o dia de Santa Rita de Cássia, a quem era devota.
A relação de Rita com a música vem desde sempre, mas nem sempre as experiências foram boas. Entre os seis e sete anos, teve aula com a pianista Magdalena Tagliaferro e após fazer xixi no banquinho do piano, aconselhou-a que não continuasse na música, pois tinha medo de palco.
Expulsões de Os Mutantes e de Tutti Frutti, bandas que ela ajudou a fundar, também foram experiências negativas. A artista sempre se considerou injustiçada por seus ex-colegas e atribuiu os casos ao machismo.
Rita Lee tinha na música a superação, liberdade e despudor. O segundo livro sobre a vida de Rita Lee fez segmento a autobiografia lançada em 2016.
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