Produtores rurais contabilizam perdas após enchentes na região

Em cidades mais afetadas pelas chuvas, principalmente, onde os rios saíram do leito com mais força, as perdas são evidentes. No entanto, a contabilidade dos prejuízos dos produtores rurais ainda está sendo contabilizada no Estado.

A Emater está com o sistema de perdas aberto para coletar informações. “O relatório deverá ser encaminhado ao governo nos próximos dias”, informou a assessoria de imprensa da instituição nesta segunda-feira (20). No momento o trabalho de recuperação nas cidades afetadas pelas cheias se concentra nas famílias atingidas e nas estradas, principalmente.

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Em Rolante, o coordenador da Defesa Civil, Gustavo Madruga, explica que já foi solicitado ao escritório da Emater um levantamento para que se tenha conhecimento da dimensão das perdas na lavoura e nos campos. O município pretende encaminhar um decreto de situação de emergência.

Muitas localidades do interior de Rolante tiveram as estradas comprometidas em decorrência da chuva, o que exigiu serviços da Defesa Civil para desobstrução. A cheia da várzea do rio também afetou criações de bovinos em uma propriedade, que foram levados pela enxurrada. Madruga diz que no domingo foi necessário resgatar um bovino com retroescavadeira. “Fomos acionados para resgatar animais que estavam presos na barranca do rio”, conta.

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Na propriedade da família de Vanderlei Henrich, em Santa Maria do Herval também houve prejuízos por conta da cheia. Plantações de milho foram devastadas. E um açude transbordou. A força da água foi tanta que bem o sistema de escoamento do açude deu conta. Os peixes acabaram sendo expulsos do leito. Henrich conta que até houve tentativa de recolocar os peixes de volta no açude, mas não foi possível evitar perdas.

Nesses locais onde foi perdido, até por que tem muita água acumulada, o correto seria entrar de novo com o trator, mas como, às vezes, fica no meio da roça, acaba não compensado mais. Algumas partes até poderiam ser plantadas manualmente, mas a maioria das partes a gente acaba nem replantando, explica o morador de Santa Maria do Herval, que também afirma que o que houve na propriedade dele se estende em outros pontos do município.