A popularização de sites de compra e venda de roupas tem impulsionado a procura por ateliês e oficinas de costura para reparos e ajustes das peças adquiridas. Outro fator que contribui para que o tradicional serviço se mantenha nos dias atuais é o baixo custo para recuperar roupas e acessórios usados.
Foto: PAULO PIRES/GES
Magali Vargas, de 71 anos, está no ramo há 18 anos. Em 2005, ela abriu na garagem da casa da mãe uma pequena oficina de costura. “Trabalhei muitos anos como pedagoga, quando minha mãe ficou com a saúde fragilizada fui cuidar dela, então minha irmã me sugeriu abrir um ateliê. Gostei da ideia e acabou que deu certo”, destaca a proprietária de uma oficina de costura no centro da cidade.
Alguns anos depois de sua mãe falecer, Magali decidiu ir para um espaço maior de trabalho. “Foi quando me mudei para a atual oficina, estou aqui há 15 anos”, salienta. Embora ame o mundo da costura, a canoense revela que sempre esteve na área administrativa do negócio. “Quando iniciei chamei uma amiga para trabalhar comigo e fazer a parte de costura. Hoje, tenho duas funcionárias costureiras que trabalham com maestria na função”, exalta.
Magali explica que com o tempo foi fidelizando os clientes, ela destaca como principal motivo, a honestidade. “Fazemos uma avaliação da peça na hora. Se o conserto não for vantajoso financeiramente, nós falamos. Na maioria das vezes vale a pena, mas quando não, é preciso ter transparência com quem procura pelo serviço”, ressalta. A média de tempo para conserto de roupas e acessórios (malas e mochilas) é de uma semana, mas pode variar conforme a urgência do cliente diz Magali.
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Conserto de malas, bolsas e mochilas
O serviço de reparo de malas, bolsas e mochilas ganhou destaque na oficina de Magali. “Há cerca de um ano e meio fechei uma parceria para também ofertar esse serviço aqui. Percebi a dificuldade em encontrar esse tipo de serviço na cidade”, aponta a proprietária.
Magali conta que toda a semana possui demanda para o conserto de acessórios de
viagem. “O que mais aparece para arrumar são alças e rodinhas quebradas. Geralmente, é o que mais desgasta com o passar do tempo e uso”, destaca.
A canoense diz que o serviço em média leva uma semana para ser concluído. “Somos um ‘hospital de reparos’, se o cliente necessita com muita urgência tentamos encaixar para entregar no dia seguinte. Tudo depende do tipo de serviço e disponibilidade na agenda”.
Foto: PAULO PIRES/GES
Demanda, custo-benefício e atendimento na área de reformas
Entre as vantagens de reformar uma peça de roupa ou acessório está o custo-benefício e a possibilidade de moldar a roupa no corpo conforme a preferência do cliente explica a costureira Vera Beatriz Santos da Silva, de 65 anos. “Minha especialidade é no material jeans. O que mais chega aqui na oficina para fazer são barra de calça e desgaste no meio das pernas. Utilizamos máquinas industriais para fazer os serviços”, afirma.
Iara Dias, de 58 anos, é costureira desde jovem, ela se especializou em reparos e ajustes de roupas feitas com tecidos de malha e planos. “Fazemos muito reparos em vestidos de festa, por exemplo. A maioria dos clientes opta por experimentar aqui as peças, como temos o provador é bem tranquila essa parte”, explica.
A média de preços varia conforme o tipo de serviço, uma barra de calça custa R$ 28,00. “Têm reparos que custam na faixa dos R$ 30,00 outros na faiza dos R$ 40,00 e assim por diante. Quando o cliente nos procura é pensando na economia de não precisar comprar”, evidencia a costureira da oficina.