A tradicional procissão das águas que homenageia Nossa Senhora dos Navegantes e Iemanjá e reúne fiéis católicos e de religiões de matriz africana será feita de forma separada pela primeira vez no dia 2 de fevereiro, em Canoas.
Foto: Fotos Andre Feltes/Divulgação
Segundo a Secretaria Adjunta de Diversidades e Comunidades Tradicionais do município, as duas igrejas católicas (Igreja Imaculada da Conceição e Paróquia Sagrado Coração de Jesus) responsáveis pela organização da procissão optaram por fazer o evento em um trajeto mais curto. “Não teremos essa integração esse ano. Nas edições passadas a procissão ia até a Praia do Paquetá e lá era feita uma passagem simbólica dos católicos para as religiões de matriz africana iniciarem suas homenagens. As igrejas farão um trajeto reduzido, cada uma em sua região de abrangência”, informa o secretário-adjunto da Diversidade, Pai Santiago.
O secretário acredita que esse modelo não deve seguir para as próximas edições. “A procissão que estamos acostumados é um culto inter-religioso, ou seja, onde as religiões se encontram. Isso é fundamental para combater a intolerância e fomentar o respeito entre diferentes crenças. Entendemos que esse ano é uma retomada após dois anos sem. A ideia é retornar ano que vem com o modelo que todos conhecem”, salienta.
A Secretaria da Diversidade e o Conselho Municipal do Povo de Terreiro de Canoas são os organizadores das homenagens de matriz africana que ocorrerão no dia 2 fevereiro, a partir das 13 horas, no Santuário Sincrético de Canoas, localizado na Praia do Paquetá. “Será montada uma estrutura no local de 10 metros quadrados de área coberta, com som e um pequeno palco. Queremos homenagear a rainha das águas, a mãe de todas as cabeças. Ela é sinônimo de benevolência, caridade e amor”, afirma.
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Os fiéis das religiões de matriz africana poderão entregar suas oferendas e pedidos a partir das 14 horas no Santuário Sincrético da Praia do Paquetá. Para que sejam colocadas nos barquinhos e levadas ao rio, os materiais das oferendas precisam ser ecológicos, ou seja, que não agridem o meio ambiente. Equipes da Prefeitura farão o controle e vistoria. As oferendas que não forem ecológicas serão colocadas em um altar e depois recolhidas por uma equipe de limpeza.
As cantigas e pontos de umbanda começam às 14h30 no palco montado no local e serão coordenadas pela Mãe Alice de Oxum. O banho de cheiro e passe com as entidades ocorre às 15h30. O encerramento está previsto para às 17 horas. Serão distribuídas frutas abençoadas pelos guias. No local também serão aceitas doações de alimentos não perecíveis para distribuição na comunidade do Paquetá.