Muito parecido com o observado no mesmo período de 2023, quando o mês de junho foi negativo, mas o total do semestre acabou positivo, novamente os primeiros seis meses do ano fecharam com bom saldo na geração de empregos na região de cobertura do Jornal VS impresso. O número, porém, foi menor: enquanto no ano passado as cinco cidades tiveram saldo de 1.548 empregos no período, em 2024, foram 1.006.
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Curva ascendente
Segundo os dados divulgados na semana passada pelo Ministério do Trabalho e Previdência, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o mês de junho seguiu com queda nas contratações, assim como maio – quando o Estado registrou a maior enchente de sua história. Em São Leopoldo, por exemplo, foram 1.840 admissões e 2.146 demissões, totalizando 306 vagas negativas.
O único segmento positivo em junho foi o da Construção, com saldo positivo de 6. Os setores de Indústria, Serviços, Comércio e Agropecuária tiveram resultados negativos de 161, 92, 58 e 1, respectivamente.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Turístico e Tecnológico (Sedettec) de São Leopoldo, Juliano Maciel, ponderou que o município ainda enfrenta os impactos da enchente de maio. “Porém, ressalto a tendência da curva descendente estar se atenuando. Em maio, tivemos um saldo negativo de 636 vagas, e, agora em junho, de 306. Estes números confirmam uma tendência que vem sendo projetada por economistas, de que esta crise tem um perfil de duração mais acelerado. Caímos e recuperaremos a atividade econômica com mais rapidez em relação à pandemia”.
Tendência de estabilização para depois retomada
Entretanto, levando em conta o acumulado do primeiro semestre do ano, os cinco municípios da região tiveram saldo positivo de postos de trabalho formal (ou seja, de carteira assinada) criados.
Em São Leopoldo, o resultado final ficou em 84, com os setores de Serviços (370 vagas) e Indústria (205) puxando o bom resultado do semestre. Maciel lembrou que o ano começou promissor, com números favoráveis nos três primeiros meses, mas as consequências da enchente acabaram mudando as projeções.
O secretário também reforçou que a melhor análise a se fazer é por trimestre, e destaca que a previsão para o próximo período é de estabilização. “Temos a perspectiva de que no final de setembro os números estejam estabilizados. Mas, temos que ter pé no chão, é um ano de estabilização. De setembro a dezembro, devemos manter os números estáveis para conseguir, ano que vem, aí sim, ter uma retomada”, enfatizou, citando o movimento esperado para este fim de ano, motivado pela entrada de recursos na economia e o provável crescimento do setor de Construção Civil.
Incentivo e sensibilidade em Esteio
Um dos destaques dos últimos números divulgados foi o município de Esteio que, além de fechar junho com saldo positivo de 104 vagas, ainda teve o maior total de empregos gerados durante os seis primeiros meses deste ano: 510.
“Ficamos bastante contentes com a divulgação dos dados do Caged, de mais um semestre crescendo nos postos de trabalho”, iniciou o prefeito esteiense, Leonardo Pascoal, avaliando os números. “(O saldo positivo) Vem sendo uma constante e é um reflexo, na nossa avaliação, da aposta que Esteio fez de dar liberdade econômica para que o empreendedor esteja no município, nós, por exemplo, reduzimos impostos e tornamos o processo menos burocrático”, ressaltou.
Pascoal também lembrou que o município teve saldo positivo em todos os segmentos e exaltou o comprometimento das empresas da cidade para que se pudesse chegar a esses dados. “É sinal de que estamos no caminho certo e também é reflexo da sensibilidade dos empreendedores de Esteio, com relação ao momento que estamos vivendo. Empresas que foram duramente atingidas, como por exemplo, o Grupo InBetta, que precisou paralisar atividades por muito tempo, teve muitos prejuízos, e não demitiu ninguém”, comentou o prefeito.
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RS também negativo
Na mesma linha, em junho, o Estado do Rio Grande do Sul também registrou saldo negativo de 8.569 novos postos de trabalho, com 108.299 admissões e 116.868 desligamentos. No acumulado dos seis primeiros meses do ano, porém, o saldo ficou positivo: 38.742 vagas, sendo 784.391 admissões e 745.649 desligamentos.
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