Prevista para permanecer aberta até o dia 31 de janeiro, a Estação Rodoviária de Sapiranga permanece em funcionamento. Pelo menos, até os próximos dias. Isso porque os atuais administradores do local continuam buscando soluções para manter as operações, apesar de, financeiramente, o negócio não ser mais rentável.
Foto: Dário Gonçalves/GES-Especial
De acordo com a administradora e proprietária da rodoviária de Sapiranga, Débura Stumpf, a ideia era manter as atividades até o dia 31 de janeiro. Porém, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) pediu um prazo maior, que foi estendido por um mês, até o dia 29 de fevereiro.
“Gostaríamos muito de continuar prestando o serviço à população, pois é de muita importância. Fomos à prefeitura pedir uma ajuda, uma indicação de aluguel para nosso espaço que é muito grande e hoje não está sendo ocupado. Assim, conseguiríamos continuar atendendo ao público no mesmo local, mas a prefeitura diz que não pode nos ajudar”, diz Débora.
O prédio onde fica a rodoviária possui cerca de 1.200 metros quadrados e custa um aluguel de R$ 15.000. No entanto, a área utilizada para a venda de passagens e os box dos ônibus ocupa um quarto disso, por isso, o pedido de ajuda ao Poder Público para locar as outras áreas e, assim, reduzir os custos. “Atendemos em média 300 pessoas por dia, das 5h30 às 21h15. Mas o valor que entra de lucro, empata com os gastos. É uma situação que se arrasta desde a pandemia”, acrescenta o administrador do local, Marcelo Brum.
Prestação de auxílio
Na semana passada, o Poder Executivo encaminhou à Câmara um Projeto de Lei, que foi aprovado na quarta-feira (14) pelos vereadores, para conceder subsídio ao concessionário do local, ou seja, ajuda financeira. A aprovação permite ao Município, contribuir com um valor mensal de R$ 3.000, reajustáveis a cada 12 meses.
Questionada sobre o pedido de ajuda e o projeto enviado ao Legislativo, a Prefeitura respondeu que “não é de competência da Administração Municipal a negociação com os atuais prestadores do serviço, o que fica a cargo do Daer. Ainda que a responsabilidade pela manutenção do espaço seja do órgão, a Prefeitura ofereceu o subsídio para quem assumir o serviço, porém, a habilitação para a concessão deve se dar através do Daer”.
Se não houver uma definição entre o responsável pelo funcionamento da Rodoviária com o Daer, a Administração Municipal divulgará as providências cabíveis, sendo que o mais provável será a indicação de outro ponto como um “paradão” para a venda de passagens.
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