Apesar das previsões de que o El Niño se fortaleceria em outubro, o fenômeno ainda não mostrou sinais de intensificação neste mês. Isso é o que aponta dados da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA). Nas últimas três semanas ele esteve em estabilidade.
Foto: Divulgação/NOAA
Conforme a MetSul Meteorologia, a tendência, no entanto, é de que o fenômeno siga influenciando o clima nos próximos meses. Assim, são esperadas condições de fase quente do Oceano Pacífico Equatorial pelo menos até o começo ou o meio do outono de 2024. “De acordo com a maioria dos modelos de clima, o pico de intensidade do El Niño se daria entre novembro e dezembro”, diz o portal.
Conforme análise da agência climática norte-americana, a probabilidade de El Niño é de 80% no trimestre que vai de março a maio de 2024. Já a probabilidade de neutralidade supera a de El Niño apenas no trimestre de maio a julho de 2024.
Portanto, a projeção é de que o fenômeno deve seguir atuando durante o restante desta primavera e também de todo o verão de 2024. “A transição para uma fase de neutralidade, com o fim do episódio de El Niño de 2023/2024, somente se daria durante o outono do próximo ano, mais possivelmente entre meados de abril e maio”, afirmam os meteorologistas da MetSul.
Entenda atuação do El Niño nas últimas semanas
De acordo com a MetSul, “o último boletim semanal sobre o estado do Pacífico da agência climática dos Estados Unidos indicou que a anomalia de temperatura da superfície do mar era de 1,5°C na denominada região Niño 3.4, no Pacífico Equatorial Central.” Essa é a área usada oficialmente na meteorologia como referência para identificar se há presença do fenômeno e avaliar a intensidade dele.
“O valor positivo de 1,5°C está na faixa de transição de El Niño moderado (+1,0°C a +1,4°C) e El Niño forte (+1,5°C a +1,9°C)”, explica o site de meteorologia. “Os boletins de 27 de setembro, 4 de outubro e 11 de outubro vieram com o mesmo valor de anomalia de 1,5ºC.”
“A maior anomalia até agora neste episódio de El Niño, que se iniciou em junho, foi de 1,7°C e registrada no boletim da semana de 20 de setembro”, apontam os meteorologistas da MetSul. Essa foi a segunda maior marca observada na região Niño 3.4 desde a semana de 9 de março de 2016, quando a anomalia foi de 1,8°C.
Já no Peru e no Equador, o El Niño atua com muita força na região costeira.
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