FIM DA TRÉGUA?
PREVISÃO DO TEMPO: RS tem risco de chuva orográfica excessiva nesta terça-feira; entenda
Segundo a MetSul, instabilidade deve predominar no Estado
Última atualização: 27/11/2023 22:06
A instabilidade deve predominar no Rio Grande do Sul nesta terça-feira (28). A MetSul Meteorologia alerta para o risco de chuva orográfica, que é induzida pelo relevo, com volumes elevados a excessivos em algumas localidades. Temporais isolados também não estão descartados, podendo ter rajadas de vento de 50 km/h a 70 km/h, como também já havia alertado o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Conforme o prognóstico, muitas nuvens estão prevista para o Estado, acompanhadas de ar quente e úmido. Apesar da nebulosidade, o sol aparece entre nuvens em diferentes pontos, especialmente no oeste e no sul gaúcho.
A chuva mais forte deve se concentrar em Santa Catarina, por isso a instabilidade será maior na metade norte do território gaúcho. Na metade sul, os volumes de chuva devem ser baixos e deve atingir a maioria dos municípios.
O vento Leste moderado a forte em baixos níveis da atmosfera, trazendo umidade do oceano, ao interagir com o relevo da Serra, traz risco de chuva orográfica com volumes altos em pontos do Litoral Norte gaúcho e do Leste catarinense.
De acordo com a MetSul, nestas localidades há risco de chuva orográfica com altos volumes em alguns pontos, especialmente aqueles próximos da Serra do Mar, não se descartando marcas localmente excessivas de 100 mm a 200 mm, com volumes isolados superiores. Deslizamentos, alagamentos e inundações repentinas não estão descartados.
No RS, o risco é maior em locais mais ao Norte do Litoral, perto de Torres, Morrinhos do Sul, Dom Pedro de Alcântara, Três Cachoeiras, dentre outros locais da região. A MetSul explica que na região de Porto Alegre há divergência entre os modelos climáticos: modelos como Icon ou Europeu indicam quase nada ou nada de chuva para a área de Porto Alegre enquanto modelos como o canadense e o WRF apontam chuva e mais expressiva.
Entenda a chuva orográfica
Basicamente, esse tipo de precipitação é induzido pelo relevo. Conforme a MetSul, a umidade que vem do oceano, trazida por vento, ao encontrar a barreira do relevo da Serra do Mar, ascende na atmosfera e encontra temperatura mais baixa à medida que ascende na atmosfera com camadas mais frias.
Para explicar o fenômeno os especialistas usam um espelho e o ar da boca como exemplo. " O que acontece se você chega na frente de um espelho e soltar ar da sua boca? O espelho que tem uma superfície mais fria vai ficar embaçado (úmido) e molhado. Com a chuva orográfica ocorre o mesmo. O ar mais úmido e quente (analogia com ar que sai da boca) encontra um obstáculo físico que é o relevo (como o espelho) e ao chegar nesta barreira que são os morros sobe na atmosfera e encontra temperatura mais baixa, condensando-se o vapor de água e formando chuva."