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PREVISÃO DO TEMPO: O que esperar da primavera, que começa neste domingo?

Estação das flores começa às 9h44 de domingo (22) e deve ter influência tardia do La Niña

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Publicado em: 20/09/2024 às 15h:08 Última atualização: 20/09/2024 às 15h:08
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Pelo colorido das flores pelas ruas, a primavera parece já ter dado as caras, mas a estação começa oficialmente às 9h44 do domingo (22), e deverá transcorrer com o Oceano Pacífico Equatorial mais frio do que a média, com chance de instalação de um episódio do fenômeno La Niña, o resfriamento anômalo das águas do Pacífico, que gera impactos no clima.

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Primavera começa neste domingo (22) e deve ter influência tardia do La Niña

Foto: Paulo Pires/GES

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De acordo com MetSul Meteorologia, a partir de dados da atualização mensal de setembro do Centro de Previsão Climática da NOAA, a agência de tempo e clima dos Estados Unidos, as probabilidades para o trimestre de setembro a novembro, da primavera, são de 71% de La Niña, 29% de neutralidade e 0% de El Niño, ou seja, se La Niña se instalar, pode ocorrer entre outubro e novembro, mais tardiamente.

Para que um evento de La Niña seja declarado são necessárias várias semanas em que a anomalia da temperatura do Pacífico Centro-Leste apresente valores de -0,5ºC ou inferiores.

No entendimento da MetSul Meteorologia, no curto prazo deve ter continuidade da fase neutra do Oceano Pacífico.

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Chuvas e tempestades

O resfriamento do Pacífico traz cenário de chuva diferente do último ano, quando as águas estavam superaquecidas com um muito forte El Niño, o que resultou em chuva excessiva a extrema com muitos temporais nos últimos meses do ano.

Segundo a MetSul Meteorologia, no trimestre de outubro a dezembro de 2024, a tendência é de chuva irregular. Espera-se uma grande variabilidade das precipitações de cidade para cidade na distribuição da chuva com tendência de volumes abaixo da média histórica durante grande parte do trimestre.

“Episódios de chuva volumosa e intensa regionalizados podem ocorrer com acumulados de precipitação muito altos em curto período, mesmo com o Pacífico frio ou sob La Niña, mas, no geral, o trimestre deve terminar com precipitação abaixo dos padrões históricos na maior parte”, pontua a avaliação.

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Por isso, a MetSul alerta que, à medida que o verão se aproximar, a irregularidade da chuva tende a se acentuar e algumas áreas do território gaúcho podem enfrentar maior déficit hídrico. Chove mais em outubro com diminuição da chuva entre novembro e dezembro.

É importante destacar que a primavera é a estação com a maior frequência de tempestades. Neste ano, com o Pacífico Leste mais frio do que o normal ou sob La Niña, a MetSul avalia que a frequência de tempestades não será tão alta como se estivéssemos sob El Niño, caso de 2023. Mas quando os temporais ocorrerem podem ser muito fortes pelo maior contraste térmico entre massas de ar frio e quente.

Temperaturas devem ser mais altas no RS

Como estação de transição para o verão, na primavera aumenta a frequência de dias de calor e diminui os de frio. O começo da estação ainda tem características mais amenas e até com frio em alguns dias, ao passo que o final já tem padrão típico de verão.

Os dias de calor aumentam, especialmente entre novembro e dezembro, quando algumas jornadas são muito quentes com possibilidade de ondas de calor e marcas perto ou acima de 40°C.
A tendência é de uma primavera com temperatura acima da média, mas entre os meses de novembro e dezembro podem ocorrer alguns períodos de calor muito intenso e temperatura muito acima da média, destaca a MetSul.

Em pontos da Metade Sul gaúcha, a estação pode ter marcas um pouco mais perto da média, especialmente no começo da estação, com episódios quentes mais comuns em dezembro.

Primavera tem mais temporais

Uma condição típica da primavera é o vento que sopra da tarde para a noite do quadrante Leste, às vezes com rajadas fortes de 60 km/h a 80 km/h. Não se trata, porém, de vento associado a temporal e ocorre com tempo firme.

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A estação ainda tem risco de ciclones extratropicais no Atlântico Sul e que, em alguns casos, podem ser intensos e provocar muito vento e forte ressaca do mar na costa gaúcha, mas 2024 tem sido até o momento um ano com baixa frequência de ciclones intensos que afetem o Rio Grande do Sul.

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