Pela primeira vez em 2024, o Pacífico Equatorial atingiu o patamar de La Niña. Segundo dados da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (Noaa), a agência climática dos Estados Unidos, o nível está exatamente no limite entre as faixas de neutralidade e de fase fria do oceano. Nesta sexta-feira (27), a anomalia de temperatura da superfície do mar estava em -0,5°C.
A região oficialmente designada para avaliar se há La Niña, neutralidade ou El Niño. O valor de -0,5ºC é o mínima do patamar de La Niña, que é de -0,5°C ou inferior. A faixa de neutralidade é de -0,4°C a +0,4°C.
Porém, a MetSul explica que esta parte do Oceano Pacífico ter atingido anomalia de temperatura da superfície do mar pela primeira vez em patamar de La Niña, “não significa que um evento do fenômeno tenha começado”.
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Conforme a MetSul, para que um evento de La Niña seja declarado, é preciso que a anomalia da temperatura do Pacífico Centro-Leste apresente valores de -0,5ºC ou inferiores por várias semanas. Assim, ainmda considera-se que o oceano esteja em neutralidade, entre o La Niña e o El Niño.
Quando vai começar o La Niña?
A previsão do Centro de Previsão Climática (CPC) da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA), é que há mais de 80% de chance de instalação do fenômeno durante esta primavera, entre outubro e dezembro, com possibilidade de 81% para La Niña, 19% para neutralidade e 0% para El Niño.
Após se instalar, é possível que o La Ninã prossiga no primeiro semestre do ano que vem. O auge do fenômeno é esperado no fim de 2024, chegando ao fim entre o final do verão e o começo do próximo outono, em meados de junho de 2025.
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“Se a NOAA declarar o começo de episódio de La Niña será na segunda quinzena de outubro ou em novembro. Aliás, a tendência, de acordo com o nosso entendimento na MetSul Meteorologia, é de continuidade da fase neutra do Oceano Pacífico ao menos no curto prazo. Em se confirmando a La Niña, o episódio tende a ser fraco e de curta duração entre a segunda metade da primavera e o verão”, destaca a MetSul.
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Como o La Niña afeta o clima no Brasil?
O La Niña impacta, principalmente, o Sul do País, que costuma ter menos chuva, e o Norte e o Nordeste, que registram um aumento das precipitações. Desta forma, aumenta o risco de estiagem no Sul do Brasil e no Mato Grosso do Sul, embora mesmo com a La Niña possam ocorrer eventos de chuva excessiva a extrema com enchentes e inundações.
O fenômeno influencia, ainda, as temperaturas em diferentes partes do mundo. No Sul do Brasil, o fenômeno favorece maior ingresso de massas de ar frio, não raro tardias no primeiro ano do evento e precoces no outono no segundo ano do episódio. Por outro lado, com estiagens, aumenta a probabilidade de ondas de calor e marcas extremas de temperatura alta nos meses de verão no Sul.
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