O mês de setembro será de extremos no Brasil, com calor excessivo que pode agravar as queimadas na Amazônia. No Rio Grande do Sul, Estado que foi fortemente castigado pelas enchentes de setembro do ano passado, o mês será diferente este ano. A previsão indica que os acumulados não serão tão altos. Afinal, o fenômeno El Niño não está atuando no Pacífico Equatorial.
Foto: Laura Rolim/GES-Especial
Mesmo que o inverno só termine no dia 22, a chamada primavera meteorológica tem início em 1º de setembro. Desta forma, o mês marca a transição para a primavera e traz aumento nas temperaturas. Em Porto Alegre, a média mínima é de 13,3°C e a máxima média é de 22,8°C. A precipitação média mensal é de 147,8 mm.
LEIA MAIS: São Leopoldo eleva em meio metro a estrutura dos diques a partir de recursos do governo federal
O que esperar da chuva
No RS, setembro costuma ser um mês de altos volumes de chuva e esse ano não será diferente.
Segundo a MetSul Meteorologia, a tendência é que a maior parte do Paraná tenha chuva abaixo da média. Enquanto isso, Santa Catarina estará na área de transição entre as zonas com mais e menos chuva, dependendo da localidade.
Já no Rio Grande do Sul, a precipitação do mês deve ficar perto ou acima da média na maior parte do Estado, porém algumas áreas podem anotar chuva abaixo da média. O cenário no clima é diferente de setembro de 2023, pois o pacífico estará em neutralidade, sem El Niño ou La Niña.
Temporais e ciclones
Há maior risco de temporais devido a incursões tardias de ar frio à medida que a presença de ar quente se torna mais comum sobre o Sul do País. O encontro de massas de ar frio e quente poderá gerar tempestades severas.
Este ano, o risco de temporais com granizo e raios será maior na segunda metade do mês que tende a ter um padrão de instabilidade maior no Centro-Sul do Brasil, porém não se projeta uma alta frequência de tempestades como se viu no ano passado.
CLIQUE AQUI E INSCREVA-SE NA NOSSA NEWSLETTER
Setembro também é um mês com maior propensão para a formação de ciclones extratropicais no Atlântico Sul, especialmente nos litorais da Argentina e Uruguai, e às vezes na costa do Sul do Brasil, uma vez que se torna mais frequente o encontro de massas de ar quente e frio na região. Um deles, possivelmente ocorra já no começo do mês e impulsione frentes frias para o território.
Calor vai predominar
A análise da MetSul mostra que setembro será marcado por temperatura acima a muito acima da média em quase todo o Centro-Sul do País. Áreas mais ao Sul e o Leste gaúcho devem ter mais dias de temperatura agradável ou amena com maior proximidade dos valores médios históricos, embora a tendência de o mês terminar com marcas acima da média em muitos locais da Região Sul.
Frio só deve ser registrado em poucos dias. Na primeira semana do mês, ar frio ingressa e trará algumas noites de temperatura baixa e geada em diferentes cidades, mas nas semanas seguintes as temperaturas devem subir.
Já no Centro-Oeste, Norte e Sudeste, uma massa de ar extremamente quente vai atuar na primeira quinzena do mês com máximas extremas. Esse bolsão de ar quente deve se expandir para o Sul do Brasil com maior impacto na segunda semana do mês, quando as temperaturas podem ficar muitíssimo acima da média.
LEIA TAMBÉM
