FENÔMENO METEOROLÓGICO
PREVISÃO DO TEMPO: Ciclone na costa brasileira pode se tornar furacão? Entenda
Há 20 anos o furacão Catarina atingiu o litoral norte do RS e o Sul de SC
Última atualização: 16/02/2024 16:11
Um fenômeno considerado raro pode estar se deslocando em direção ao Rio Grande do Sul. Conforme a Metsul Meteorologia, os dados analisados indicam que o ciclone que atuará na costa Sul do Brasil deve adquirir características tropicais.
Segundo o portal, normalmente os ciclones que atuam no Atlântico Sul são extratropicais, com o centro frio. Existem outros dois tipos de ciclones nesta área do oceano: os subtropicais (centro de baixa pressão, parte frio e parte quente) e os tropicais (centro quente).
O mais conhecido ciclone tropical no Brasil foi registrado há 20 anos. No final de março de 2004, o furacão catarina atingiu o Sul de Santa Catarina e litoral norte do Rio Grande do Sul.
A Metsul explica que aquele fenômeno começou como um ciclone subtropical, evoluindo para tropical e posteriormente se tornando um furacão categoria 1. Na época, os prejuízos foram estimados em R$ 1 bilhão e dez pessoas morreram.
Ainda subtropical
No entanto, apesar dos prognósticos, o atual ciclone em seu momento inicial será identificado como uma tempestade subtropical (ventos de 63 km/h ou mais). Com o passar dos dias, o fenômeno deve assumir características tropicais (ventos de 63 km/h a 118 km/h). Esse estágio precede o que conhecemos como furacão.
O portal meteorológico afirma que uma análise realizada pela Marinha do Brasil já identificou a presença de uma depressão subtropical na costa de São Paulo e Espírito Santo. Caso se aprofunde, ela será nomeada como tempestade Akará, nome presente em uma lista da Marinha.
Avanço para o Sul
Os dados da Metsul indicam que o ciclone avançará para o litoral do Sul do Brasil. No entanto, não está claro se o fenômeno permanecerá sobre o oceano, sem tocar em terra, ou se atingirá o continente.
“A maioria dos modelos de previsão do tempo gerados por computadores indica neste momento que o ciclone não tocaria terra e permaneceria o tempo todo sobre o oceano, sem oferecer maior risco ao continente, embora vários aproximem muito o sistema do litoral. A trajetória, assim, ainda é muito incerta”, explica o portal meteorológico.