Uma mulher de 25 anos foi presa na manhã desta sexta-feira (26), em Porto Alegre, por estar envolvida com um esquema de exploração sexual infantil coordenado por um empresário, que foi preso no dia 27 de abril em Imbé, no litoral norte.
De acordo com a Polícia Civil, ela é mãe de uma menina de 1 ano e oito meses, vítima de abusos sexuais desde que era um bebê de poucos meses de idade.
A presa e sua mãe, avó da bebê, são acusadas de receberem dinheiro para explorar sexualmente da criança.
A menina foi recolhida por agentes do Conselho Tutelar e encaminhada para perícia psíquica e verificação de violência sexual no Instituto-Geral de Perícias.
Investigação começou há um mês
O esquema de abuso sexual contra crianças foi descoberto em abril deste ano. Um empresário foi preso por negociar atos sexuais com mães de crianças. Ele usava ONGs beneficentes para se aproximar de mulheres com filhas e convencê-las de submeter as crianças a atos sexuais com ele em troca de dinheiro por Pix.
O primeiro caso, do qual a Polícia teve conhecimento através de uma denúncia anônima, foi o de uma mulher, mãe de três meninas com idades entre oito e 12 anos, que permitia que ele tivesse relações com as filhas.
“Eles combinavam programas entre as meninas. O investigado passava o final de semana em um apartamento que ele tem em Imbé com as meninas”, afirma a delegada Camila Franco Defaveri.
Nesta sexta, foi desencadeada a terceira fase da Operação La Lumière (“A Luz” – remetendo à operação Luz da Infância).
Na segunda fase, em 17 de maio, duas mulheres foram presas. Uma mulher de 26 anos, moradora de Cachoeirinha, submetia a filha de sete anos aos atos criminosos com o empresário. Outra mulher, de 23 anos, permitia que as filhas de um e três anos fossem vítimas dele. Segundo a investigação, elas já foram prestadoras de serviço da empresa do investigado.
Na primeira fase da operação, em 27 de abril, o empresário e a mãe das três meninas foram presos em flagrante. Posteriormente, as prisões foram convertidas em preventivas. Eles seguem presos.
Denúncias
Denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes podem ser feitas, inclusive de forma anônima, pelo Disque 100. Também é possível relatar casos para a Brigada Militar, pelo 190, ou acionar o Conselho Tutelar da sua cidade.
A Polícia Civil do RS dispõe também dos fones (51) 2131.5700 (para Porto Alegre), 0800 642.6400 e (51) 9.8418.7814 (WhatsApp e Telegram).
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