DENUNCIADOS POR MAUS-TRATOS
Prefeitura fará visitas diárias a canis desativados para garantir bem-estar dos animais
Dois canis de Dois Irmãos, alvos de investigação, tiveram alvarás suspensos nesta quinta-feira
Última atualização: 13/02/2024 11:53
Após a suspensão dos alvarás do Canil My Baby e de outro localizado na BR-116, em Dois Irmãos, os locais receberão visitas diárias da Vigilância em Saúde do município para averiguar as condições sanitárias dos ambientes e garantir o bem-estar dos mais de 200 animais que estão nos canis. A informação recebida pela prefeitura é de que, por enquanto, a Justiça permitiu que um dos cinco presos na operação de segunda-feira (6) continuasse tratando os cães e gatos.
O encerramento das atividades de comercialização dos animais foi determinado pelo Poder Judiciário na terça-feira (7) e atendido pela prefeitura nesta quinta (9).
Sobre o caso
Os canis pertencem à mesma família, que também é dona do Canil Benatti, de Ivoti. Os três estabelecimentos foram alvo de operação policial na segunda-feira. No endereço de Ivoti, nenhuma irregularidade foi encontrada. Já nos estabelecimentos de Dois Irmãos, segundo a Polícia, havia cachorros da raça Lulu da Pomerânia e gatos Bengal nitidamente doentes, alojados em um ambiente sujo e com a comida contaminada.
De acordo com o coordenador da fiscalização do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV/RS), Rodrigo Freddi, que esteve no local durante a operação da Polícia na segunda-feira, os canis eram insalubres, com alguns animais presos em pequenas gaiolas, em ambientes fechados e sem uma apropriada higienização dos potes de água e comida. (Veja vídeo da operação abaixo).
Em visita na terça, a Vigilância em Saúde do município disse que toda higiene estava adequada.
No mesmo dia, os cinco suspeitos tiveram a liberdade provisória concedida pela Justiça, mediante medidas cautelares. As duas investigadas, a mãe, Soeli Benatti, e a filha, Gabriela Benatti, passaram a estar proibidas de "aproximar-se ou ter em sua posse animais de qualquer espécie e, também, proibidas de atuar em qualquer atividade envolvendo a comercialização, criação ou cuidado de animais".
O pai, Ivo Benatti, é obrigado a comparecer em juízo de forma mensal. O filho dele, irmão de Gabriela, Eduardo Prager Benatti, deve manter o endereço e o telefone atualizados nos autos do processo. Além disso, o médico veterinário Claudinei Vilmar Renz teve determinada a suspensão de seu exercício profissional por 90 dias.
Contraponto
O advogado Fernando Fontes Corrêa, que representa todos os presos, bem como os canis, considera prematura a decisão que determinou o fechamento dos estabelecimentos, salientando a visita da Vigilância Sanitária do município na terça. De acordo com ele, a defesa já enviou um "pedido de reconsideração junto ao Poder Judiciário, estando atualmente o processo em carga com o Ministério Público, para parecer".
"E nos canis alvos, cujas supostas irregularidades foram constatadas, a verdade é que a Polícia teve a infelicidade de cumprir a ordem judicial logo no primeiro horário da manhã, antes de ser realizada a limpeza nos locais, o que não se pode confundir, em hipótese alguma, com crueldade contra animais", afirma o advogado.
Sobre o médico veterinário, a defesa diz que "o único fato supostamente irregular que pesa contra ele, o que a defesa considera um verdadeiro absurdo, é a circunstância de que deixava seus receituários já assinados e carimbados para pronto uso, como, aliás, ocorre na maioria dos consultórios médicos/veterinários/odontológicos, de modo que a defesa recorrerá ao Tribunal de Justiça."
Prisões arbitrárias
Três das cinco prisões foram consideradas 'arbitrárias' pela defesa. A de Gabriela, que é proprietária do Canil Benatti, onde não foram encontradas irregularidades; a do irmão, que é empresário e que não teria envolvimento com as atividades dos canis; e a de Claudinei, que, segundo o advogado, não possui qualquer ingerência sobre os canis. Corrêa defende que o que pesa contra o médico veterinário são "questões administrativas e não penais".
Confira vídeo
Após a suspensão dos alvarás do Canil My Baby e de outro localizado na BR-116, em Dois Irmãos, os locais receberão visitas diárias da Vigilância em Saúde do município para averiguar as condições sanitárias dos ambientes e garantir o bem-estar dos mais de 200 animais que estão nos canis. A informação recebida pela prefeitura é de que, por enquanto, a Justiça permitiu que um dos cinco presos na operação de segunda-feira (6) continuasse tratando os cães e gatos.
O encerramento das atividades de comercialização dos animais foi determinado pelo Poder Judiciário na terça-feira (7) e atendido pela prefeitura nesta quinta (9).
Sobre o caso
Os canis pertencem à mesma família, que também é dona do Canil Benatti, de Ivoti. Os três estabelecimentos foram alvo de operação policial na segunda-feira. No endereço de Ivoti, nenhuma irregularidade foi encontrada. Já nos estabelecimentos de Dois Irmãos, segundo a Polícia, havia cachorros da raça Lulu da Pomerânia e gatos Bengal nitidamente doentes, alojados em um ambiente sujo e com a comida contaminada.
De acordo com o coordenador da fiscalização do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV/RS), Rodrigo Freddi, que esteve no local durante a operação da Polícia na segunda-feira, os canis eram insalubres, com alguns animais presos em pequenas gaiolas, em ambientes fechados e sem uma apropriada higienização dos potes de água e comida. (Veja vídeo da operação abaixo).
Em visita na terça, a Vigilância em Saúde do município disse que toda higiene estava adequada.
No mesmo dia, os cinco suspeitos tiveram a liberdade provisória concedida pela Justiça, mediante medidas cautelares. As duas investigadas, a mãe, Soeli Benatti, e a filha, Gabriela Benatti, passaram a estar proibidas de "aproximar-se ou ter em sua posse animais de qualquer espécie e, também, proibidas de atuar em qualquer atividade envolvendo a comercialização, criação ou cuidado de animais".
O pai, Ivo Benatti, é obrigado a comparecer em juízo de forma mensal. O filho dele, irmão de Gabriela, Eduardo Prager Benatti, deve manter o endereço e o telefone atualizados nos autos do processo. Além disso, o médico veterinário Claudinei Vilmar Renz teve determinada a suspensão de seu exercício profissional por 90 dias.
Contraponto
O advogado Fernando Fontes Corrêa, que representa todos os presos, bem como os canis, considera prematura a decisão que determinou o fechamento dos estabelecimentos, salientando a visita da Vigilância Sanitária do município na terça. De acordo com ele, a defesa já enviou um "pedido de reconsideração junto ao Poder Judiciário, estando atualmente o processo em carga com o Ministério Público, para parecer".
"E nos canis alvos, cujas supostas irregularidades foram constatadas, a verdade é que a Polícia teve a infelicidade de cumprir a ordem judicial logo no primeiro horário da manhã, antes de ser realizada a limpeza nos locais, o que não se pode confundir, em hipótese alguma, com crueldade contra animais", afirma o advogado.
Sobre o médico veterinário, a defesa diz que "o único fato supostamente irregular que pesa contra ele, o que a defesa considera um verdadeiro absurdo, é a circunstância de que deixava seus receituários já assinados e carimbados para pronto uso, como, aliás, ocorre na maioria dos consultórios médicos/veterinários/odontológicos, de modo que a defesa recorrerá ao Tribunal de Justiça."
Prisões arbitrárias
Três das cinco prisões foram consideradas 'arbitrárias' pela defesa. A de Gabriela, que é proprietária do Canil Benatti, onde não foram encontradas irregularidades; a do irmão, que é empresário e que não teria envolvimento com as atividades dos canis; e a de Claudinei, que, segundo o advogado, não possui qualquer ingerência sobre os canis. Corrêa defende que o que pesa contra o médico veterinário são "questões administrativas e não penais".
Confira vídeo