No primeiro ano de seu terceiro mandato à frente da Prefeitura de Riozinho, Airton Trevizani da Rosa, o Alemão (PL), decidiu não nomear secretários. A administração municipal será conduzida diretamente por ele e pelo vice-prefeito Adriano Bauer (União Brasil), que responderão pelas nove secretarias do município.
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A medida, segundo o prefeito, tem como objetivo reduzir custos e enfrentar a situação financeira delicada da cidade. “O município precisa arrecadar mais do que gasta. Iniciamos sem secretários para manter uma gestão enxuta e priorizar o pagamento de funcionários, bombeiros e hospital”, afirmou.
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A decisão de não nomear secretários, de acordo com Alemão, gerará economia significativa, embora os valores exatos ainda estejam sendo calculados. “Nesses primeiros dias, saímos de nove secretarias para nenhuma, e isso não vai impactar no trabalho. Em 2009, governei com dois secretários, quando a cidade tinha dívidas de R$ 5 milhões. Agora a situação está pior, mas vamos nos virar”, explicou Trevizani, que foi prefeito entre 2009 e 2016.
As pastas serão gerenciadas pelo prefeito e pelo vice, auxiliados por servidores concursados e cargos de confiança (CCs) de segundo escalão, que têm experiência em cada área graças aos anos de trabalho. “Na Saúde, contamos com uma funcionária com mais de 20 anos de experiência. Na Educação, temos uma professora concursada, 40 horas semanais, que é a mais velha de concurso no município. E não receberá um centavo a mais por isso, inclusive ela nem poderia porque ela é minha esposa e configuraria nepotismo”, destacou.
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As nove secretarias da cidade incluem as áreas de Saúde, Educação, Obras, Planejamento e Assistência Social. Ainda há subsecretarias que também terão suporte de servidores de carreira.
Dívidas herdadas
Alemão também justificou a medida com base no endividamento deixado pelas gestões anteriores. “Todas as obras feitas na gestão anterior foram com empréstimos. Compra de caminhão novo, iluminação… Nenhuma parcela foi paga e agora começamos a pagar neste ano. Isso será descontado diretamente no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), agravando nossa situação.”
Com cerca de 5 mil habitantes, Riozinho é um dos menores municípios do Vale do Paranhana e do Vale dos Sinos. Apesar das dificuldades, o prefeito garante que os serviços públicos não serão prejudicados. A intenção é que, a partir do próximo ano, a prefeitura volte a contar com três ou quatro secretários. “Vamos trabalhar enxuto, mas já com alguma estrutura a mais”, explicou o prefeito.
