ECONOMIA
Preço de itens da cesta básica varia até 46,80% em Canoas
Pesquisa feita pelo Procon auxilia e alerta os consumidores na busca por melhores preços
Última atualização: 01/02/2024 17:05
Equipes de fiscalização do Procon de Canoas identificaram variação de até 46,80% no preço de 18 produtos que compõem a cesta básica. A consulta foi feita em nove redes de supermercados do município.
A pesquisa considera a aquisição de uma unidade de cada produto. Alimentos verificados: arroz branco tipo 1 (de 1 e 5 kg), feijão preto, farinha de trigo tipo 1, açúcar refinado, óleo de soja, sal, massa com ovos, café, extrato de tomate, vinagre de álcool e leite integral. Itens de higiene e limpeza: papel higiênico (20 metros), esponja de louça, sabão em pó, detergente, creme dental e sabonete.
De acordo com o Procon, o valor da cesta básica com os 18 itens pesquisados ficou entre R$ 96,75 e 142,03. A média de preços ficou em R$ 119,33. Dos produtos alimentícios, o que apresentou maior variação foi o extrato de tomate, sendo encontrado por R$ 1,05 em um estabelecimento e R$ 4,79 em outro.
"O principal objetivo da pesquisa é auxiliar e alertar o consumidor na busca por melhores preços. É recomendável que, ao adquirir algum item, o consumidor compare o preço praticado com a tabela, para verificar se está de fato economizando na hora das compras", destaca a diretora do Procon Canoas, Taís Marques.
Segundo a profissional, a ação verificou que a diferença em alguns itens chegou a R$ 8,00. "O arroz de cinco quilos, por exemplo, a diferença foi de quase R$ 10,00", comenta Taís.
Dentre as maiores diferenças no preço dos produtos, o arroz branco 1 kg apresentou um aumento de 32,10%. Já o item que teve maior redução no preço foi o café, cerca de 12,81%. A economia pode ser maior ainda no café de 500g.
Compras mensais
A aposentada Edi Maria da Rosa, de 74 anos, tem o hábito de fazer compras no formato de rancho. "Todo início de mês compro os itens básicos para passar o mês. E durante as semanas vou comprando o que vai faltando e produtos de consumo diário, como o pão e frios", explica a moradora do Mathias Velho.
Edi diz que percebeu a diminuição de promoções vantajosas. "Vejo os encartes e os preços continuam altos, o sabão em pó é um deles. Alguns produtos como o feijão não tem muito o que fazer, se compro uma marca muito desconhecida não rende nada e ainda o grão é duro", afirma.
A sócia proprietária de um mercado no bairro Mathias Velho Flavia Motta de Lima Machado conta que os preços ainda estão instáveis. "Notamos que o consumidor quer é promoção, mas de produtos que tenham pelo menos uma qualidade média. Na semana passada fizemos uma oferta de um detergente de uma marca mais conhecida, os clientes compraram em quantidade. A expectativa é vender com qualidade".