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INFLAÇÃO DOS ALIMENTOS

Preço da cesta básica aumentou 12,11% no ano passado em Porto Alegre

Batata, farinha de trigo, banana, manteiga e leite estão entre os produtos mais atingidos por reajustes

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Publicado em: 09/01/2023 às 13h:54 Última atualização: 17/01/2024 às 14h:49
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A cesta básica de Porto Alegre registrou aumento de 12,11% em 2022, encerrando o ano no valor de R$ 765,63. Dos 13 produtos pesquisados, 12 tiveram aumento de preço: a batata (49,02%), a farinha de trigo (35,78%), a banana (31,37%), a manteiga (22,43%), o leite (22,11%), o café (20,58%), o pão (19,48%), o tomate (17,01%), o arroz (10,07%), o óleo de soja (3,67%), a carne (2,70%) e o açúcar (0,22%). O único item que ficou mais barato foi o feijão (-9,73%).

Inflação dos alimentos pesa sobre os mais pobres



Inflação dos alimentos pesa sobre os mais pobres

Foto: Adobe Stock Fotos

Entre novembro e dezembro de 2022, o valor do conjunto de bens alimentícios básicos registrou retração de 2,03%.

Na variação mensal, seis itens registraram queda de preço: a batata (-12,52%), a banana (-10,59%), o leite (-4,74%), a manteiga (-2,02%), a carne (-1,92%) e o pão (-0,23%). Por outro lado, sete produtos registraram alta: o tomate (6,34%), o feijão (4,99%), o arroz (3,30%), o óleo de soja (1,51%), o açúcar (0,90%), a farinha de trigo (0,27%) e o café (0,14%).

Demais capitais também tiveram aumento em 2022

Em 2022, o valor da cesta básica aumentou nas 17 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As altas mais expressivas, quando se compara dezembro de 2021 com o mesmo mês de 2022, foram registradas em Goiânia (17,98%), Brasília (17,25%), Campo Grande (16,03%) e Belo Horizonte (15,06%).

Já as menores taxas acumuladas foram as de Recife (6,15%) e Aracaju (8,99%). Entre novembro e dezembro de 2022, o valor da cesta subiu em 14 cidades, com destaque para Fortaleza (3,70%), Salvador (3,64%) e Natal (3,07%). As reduções de preços ocorreram nas cidades do Sul: Porto Alegre (-2,03%), Curitiba (-1,58%) e Florianópolis (-0,90%).

Em dezembro de 2022, o maior custo do conjunto de bens alimentícios básicos foi observado em São Paulo (R$ 791,29), depois em Florianópolis (R$ 769,19) e Porto Alegre (R$ 765,63). Entre as cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente das outras capitais, Aracaju (R$ 521,05), João Pessoa (R$ 561,84) e Recife (R$ 565,09) registraram os menores valores.

Salário mínimo deveria ser cinco vezes maior

Com base no valor mais alto da cesta básica praticado no País, em São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.

Em dezembro de 2022, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 6.647,63, ou 5,48 vezes o mínimo de R$ 1.212,00. Em novembro, o mínimo necessário correspondeu a R$ 6.575,30, ou 5,43 vezes o piso vigente. Em dezembro de 2021, o salário mínimo necessário foi de R$ 5.800,98, ou 5,27 vezes o piso em vigor, que equivalia a R$ 1.100,00.

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