Prazo estendido
Prazo para pedir Pix de R$ 5,1 mil do auxílio reconstrução foi estendido; saiba até quando
Somente em Canoas, Novo Hamburgo e São Leopoldo já foram aprovados 119,2 mil benefícios, o que representa o valor de R$ 607,9 milhões
Última atualização: 28/06/2024 07:47
Quem ainda não conseguiu se cadastrar para receber o auxílio reconstrução do governo federal tem até dia 12 de julho para solicitar o benefício. O prazo foi estendido pelo ministro da Secretaria de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, a pedido da Federação das Associações dos Municípios do Estado (Famurs).
Segundo a entidade, dos 444 municípios que têm a situação de calamidade reconhecida pela União, 166 municípios ainda não fizeram a solicitação dos R$ 5,1 mil por família atingida.
Na lista divulgada pela Famurs estão Morro Reuter, Presidente Lucena e Santa Maria do Herval, cidades que não tiveram casas atingidas pela enchente, por exemplo. Conforme a federação, todas as prefeituras foram contatadas e a entidade espera um retorno sobre a situação particular de cada município.
Somente em Canoas, Novo Hamburgo e São Leopoldo já foram aprovados 119,2 mil benefícios, o que representa o valor de R$ 607,9 milhões. A União espera atender 375 mil famílias gaúchas, alcançando a cifra de R$ 1,9 bilhão destinados ao auxílio.
Na região, quem mais cadastrou foi Canoas, com 136.719 moradores, sendo que 78.887 já tiveram os dados aprovados.
Já em São Leopoldo, foram realizados 74.417 cadastros, com 29.067 aprovados e outros 3.511 habilitados. Além disso, houve 6.096 pedidos reprovados, por preenchimento incorreto e que estão sendo refeitos presencialmente na prefeitura. Ainda houve 355 cancelados e 1.405 cadastros que apresentaram duplicidade.
“Vamos continuar fazendo a busca e o cadastramento das pessoas para atender os mais pobres e ajudar a reconstruir o nosso Estado", declarou o prefeito leopoldense Ary Vanazzi.
Em Novo Hamburgo, na terça-feira (25), que inicialmente era o último dia para fazer o cadastro junto ao governo federal, 980 famílias formalizaram o pedido de auxílio. A prefeitura acredita que com a prorrogação do prazo haverá novos cadastros sendo registrados. Até o momento, 23.853 famílias preencheram os dados, com 11.248 já tendo o benefício aprovado.
“A prorrogação foi importante para oportunizar que aqueles que foram atingidos de fato pela enchente e, por algum motivo, ainda não pediram o auxílio, possam solicitar o benefício”, pondera a secretária de Desenvolvimento Social, Jurema Pieper.
Além de buscar auxílio junto aos Centro de Referência em Assistência Social (Cras), a população pode fazer o cadastro online pelo link https://novohamburgo.rs.gov.br/cadastro-auxilio-reconstrucao.
Quem recebeu, já mobiliou
A terapeuta holística desempregada Stela Gonçalves, 70 anos, é uma das 11,2 mil pessoas que já conseguiram receber o auxílio reconstrução. Moradora do Loteamento Integração, no bairro Lomba Grande, ficou alojada no abrigo do Sesi enquanto sua casa estava abaixo d’água e sem condições de retorno.
Faz 15 dias que voltou e, com o auxílio recebido, conseguiu comprar os móveis da cozinha, eletrodomésticos, cama, rack, sofá e uma televisão. Ela explica que as compras só foram possíveis porque o estabelecimento fechou negócio com os produtos a preço de custo. “A geladeira ficou funcionando, apesar da enchente”, conta.
Nesta quinta-feira (27), Stela foi até a Casa da Cidadania, no Centro, fazer o cadastro para buscar mais uma ajuda. O benefício de R$ 2,5 mil do programa Volta por cima, do governo do Estado. “Esse dinheiro aí preciso para me manter, pois tem muitas despesas”, conta.
Para ter acesso ao Volta por cima é preciso ter ficado desabrigado ou desalojado em cidades que tiveram a situação reconhecida, ter cadastro incluído pela prefeitura na base de dados do governo estadual e constar no Cadastro Único (CadÚnico).
Dados desatualizados
Nesta semana, o governo federal divulgou a plataforma Brasil Participativo, de modo a prestar contas sobre os valores pagos aos municípios gaúchos como auxílio. No entanto, os números estão desatualizados. Enquanto o dado oficial dá conta de que já foram pagos mais de R$ 1,1 bilhão, beneficiando 226,5 mil famílias, o site apresenta o valor total de auxílio reconstrução de R$ 816 milhões.
Um dos exemplos é a cidade de Igrejinha, que consta no relatório de prestação de contas com apenas um benefício de R$ 5,1 mil pago até o momento, o que, segundo a prefeitura, não condiz com a realidade.