METÓDOS MEDIEVAIS
Porretes com pregos e correia eram usados para torturar devedores e inimigos de traficantes em Taquara
Esconderijo onde criminosos atacavam vítimas com instrumentos caseiros também era usado como depósito de drogas
Última atualização: 22/01/2024 10:55
Dois porretes, um com pregos e outro com a correia de uma bicicleta, além de um facão, foram apreendidos nesta terça-feira (24), no bairro Tito, em Taquara. Os instrumentos caseiros usados foram encontrados no esconderijo de um grupo ligado a uma facção do Vale do Paranhana durante operação da Polícia Civil do município.
Os objetos tinham o intuito de torturar adversários dos traficantes, que se valiam de meios cruéis para atacá-los. Conforme o delegado titular de Taquara, Valeriano Garcia Neto, a casa era usada "como esconderijo para a prática de torturas com métodos medievais e emprego de instrumentos, inclusive de fabricação caseira". "As práticas eram realizadas e registradas por grupo criminoso com atuação na cidade, como forma de cobrança de dívidas e de intimidação de rivais, agindo como tribunal de exceção", descreve.
Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão no local, os agentes descobriram que a casa também servia como depósito de drogas.
Dois homens foram presos na residência. O nome e a idade deles não foram informados.
O delegado ainda explica que a investigação teve início a partir de denúncias sobre tráfico de drogas, associação ao tráfico e tortura, ocorridos na cidade em 2022.
Veja vídeo
Fotos de vítima ensanguentada e ameaça
A foto de um homem ensanguentado dentro da casa usada pelos torturadores foi recebida pelo Serviço de Inteligência Policial e Análise Criminal (Sipac) da Polícia Civil por meio de denúncia.
Na imagem, a vítima está de bermuda, com os cotovelos escorados no banco de uma cadeira preta, de plástico, atrás de uma porta de madeira. Um tijolo, também ensanguentado, está à sua frente.
Nesta terça-feira, os policiais estiveram no local e fotografaram o espaço no mesmo ângulo em que a foto do homem foi tirada. Nesta manhã, ainda não se sabia a situação da vítima, que não havia sido identificada pelas autoridades.
Em outra imagem semelhante, um texto com emojis de um lobo, um demônio, e de uma caveira, entre outros, tem a seguinte frase: "Isso é oq vai acontecer aí com quem tá de chinelaje aí na vila tito... Não temo aceitando esses tipo de situação e se Nois pegar vai ser cobrado, é a Tropa fazendo o certo... Abraça o papo pro papo não te abraçar..." sic.
Ainda na fotografia, um dos integrantes do grupo é encoberto pela figura de um lobo, animal que, segundo o delegado Valeriano, tem relação com o nome do grupo criminoso.
Confira mensagem abaixo
R$ 10 mil e drogas foram apreendidos
Imagens gravadas pela Polícia durante a ação mostram a casa revirada, com colchões, lixo e roupas pelo chão, móveis abertos, drogas e também aparelhos eletrônicos.
Foram apreendidos R$ 10 mil em espécie, mais de 300 pinos de cocaína, uma pequena porção de crack e mais de 100 porções de maconha, todos prontos para venda.
Dois porretes, um com pregos e outro com a correia de uma bicicleta, além de um facão, foram apreendidos nesta terça-feira (24), no bairro Tito, em Taquara. Os instrumentos caseiros usados foram encontrados no esconderijo de um grupo ligado a uma facção do Vale do Paranhana durante operação da Polícia Civil do município.
Os objetos tinham o intuito de torturar adversários dos traficantes, que se valiam de meios cruéis para atacá-los. Conforme o delegado titular de Taquara, Valeriano Garcia Neto, a casa era usada "como esconderijo para a prática de torturas com métodos medievais e emprego de instrumentos, inclusive de fabricação caseira". "As práticas eram realizadas e registradas por grupo criminoso com atuação na cidade, como forma de cobrança de dívidas e de intimidação de rivais, agindo como tribunal de exceção", descreve.
Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão no local, os agentes descobriram que a casa também servia como depósito de drogas.
Dois homens foram presos na residência. O nome e a idade deles não foram informados.
O delegado ainda explica que a investigação teve início a partir de denúncias sobre tráfico de drogas, associação ao tráfico e tortura, ocorridos na cidade em 2022.
Veja vídeo
Fotos de vítima ensanguentada e ameaça
A foto de um homem ensanguentado dentro da casa usada pelos torturadores foi recebida pelo Serviço de Inteligência Policial e Análise Criminal (Sipac) da Polícia Civil por meio de denúncia.
Na imagem, a vítima está de bermuda, com os cotovelos escorados no banco de uma cadeira preta, de plástico, atrás de uma porta de madeira. Um tijolo, também ensanguentado, está à sua frente.
Nesta terça-feira, os policiais estiveram no local e fotografaram o espaço no mesmo ângulo em que a foto do homem foi tirada. Nesta manhã, ainda não se sabia a situação da vítima, que não havia sido identificada pelas autoridades.
Em outra imagem semelhante, um texto com emojis de um lobo, um demônio, e de uma caveira, entre outros, tem a seguinte frase: "Isso é oq vai acontecer aí com quem tá de chinelaje aí na vila tito... Não temo aceitando esses tipo de situação e se Nois pegar vai ser cobrado, é a Tropa fazendo o certo... Abraça o papo pro papo não te abraçar..." sic.
Ainda na fotografia, um dos integrantes do grupo é encoberto pela figura de um lobo, animal que, segundo o delegado Valeriano, tem relação com o nome do grupo criminoso.
Confira mensagem abaixo
R$ 10 mil e drogas foram apreendidos
Imagens gravadas pela Polícia durante a ação mostram a casa revirada, com colchões, lixo e roupas pelo chão, móveis abertos, drogas e também aparelhos eletrônicos.
Foram apreendidos R$ 10 mil em espécie, mais de 300 pinos de cocaína, uma pequena porção de crack e mais de 100 porções de maconha, todos prontos para venda.
Os objetos tinham o intuito de torturar adversários dos traficantes, que se valiam de meios cruéis para atacá-los. Conforme o delegado titular de Taquara, Valeriano Garcia Neto, a casa era usada "como esconderijo para a prática de torturas com métodos medievais e emprego de instrumentos, inclusive de fabricação caseira". "As práticas eram realizadas e registradas por grupo criminoso com atuação na cidade, como forma de cobrança de dívidas e de intimidação de rivais, agindo como tribunal de exceção", descreve.