A nova Miss Universe Rio Grande do Sul foi coroada no último sábado (10), no Hotel Hilton, em Porto Alegre. A representante de Novo Hamburgo, Eduarda Dallagnol, de 25 anos, foi escolhida de forma unânime pelo corpo de jurados para representar o Estado na etapa nacional do tradicional concurso de beleza. Em 70 edições gaúchas, ela é a primeira hamburguense a vencer a etapa regional.
Foto: Guilherme Flores
Além da beleza e da simpatia da nova Miss, outro fator tem sido pauta dos gaúchos nas redes sociais: o nome do concurso. Conhecido como Miss Universo, neste ano passou a ser chamado de Miss Universe. A alteração tem divido opiniões e causado dúvida no público. Algumas até fazem referência ao gênero neutro.
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“Sempre foi Miss Universe. E esse ano, com a nova gestão que mudou lá no Miss Brasil, todos os estados começaram a usar Miss Universe. O que acontece? Universo era traduzido, mas [na etapa mundial] sempre se usou Miss Universe”, explica o coordenador do concurso no RS, Paulo Linhares.
Ele explica que a decisão pela padronização internacional no território brasileiro partiu do novo diretor e proprietário da franquia do concurso de beleza no Brasil, Gerson Antonelli. O empresário assumiu a gestão da competição em abril deste ano, após a ex-Miss Brasil Marthina Bradt (2015) deixar o cargo.
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Antonelli também promoveu mudanças nas coordenações estaduais. Inclusive no RS, onde Linhares assumiu o lugar de Bebeto Azevedo, que foi o responsável pela edição de 2023, vencido por Maria Brechane, de Rio Grande, que também conquistou a coroa nacional e é a atual Miss Universo Brasil.
A fase nacional também passa pela mudança de nomenclatura. A coroação da nova representante brasileira será no dia 19 de setembro, em São Paulo. Maria Brechane, que não esteve na coroação da sua sucessora no Estado, anunciou que também não estará presente no evento do mês que vem.
Apesar da mudança de nome, essa não é primeira vez que esse fato acontece. “Teve alguns anos que se usava Miss Universe, outros, Miss Universo”, lembra Linhares, que também afirma que a mudança da nova diretoria é para se adequar ao nome original da franquia mundial.
Desafios da edição 2024 e de olho em 2025
Linhares conta que organizar o Miss Universe RS foi desafiador, pois além do curto tempo, as questões climáticas que devastaram o Estado também impactaram o concurso. “Fui convidado no final de abril, em maio teve enchente no nosso Estado. Não poderia fazer um evento de tamanha magnitude [com] tudo que o RS sofreu. Imagina conseguir patrocínio, conseguir coisas, sendo que também tive familiares que perderam suas casas. Teve candidatas que perderam coisas”, lembra.
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“Fizemos algo mais compacto, mas que não deixasse de perder a essência dos concursos tradicionais que nós tínhamos aqui”, completa. A edição deste ano contou com 12 candidatas e um corpo de jurados com uma mescla de experiência e técnica: ex-misses Brasil, ex-misses gaúchas, dentistas, médico cirurgião plástico, professor de inglês, estilista. “Contamos com um júri compacto, porque precisávamos escolher uma Miss pronta”, salienta o coordenador.
De acordo com ele, o curto período para preparar uma candidata para o Miss Brasil foi determinante para a coroação deste ano. “Temos pouco tempo para fazer os ajustes necessários para poder levar uma candidata ao Miss Brasil, até porque a atual é gaúcha, então não podemos ‘fazer feio’”, enfatiza.
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Eduarda recém foi coroada, mas em meio à agenda lotada da nova miss gaúcha, Linhares revela que já pensa na escolha da Miss Universe RS 2025, que deve acontecer entre dezembro deste ano e janeiro de 2025. “Só estou aguardando o aval da direção do Miss Brasil”, pontua.
“Temos coordenadores municipais que vão em algumas cidades e procuram meninas. E tem [outros casos] como a Eduarda, que nos procurou pelo Instagram e se inscreveu”, explica Linhares sobre como surgem as candidatas para o Miss Universe RS.
