Uma casa na região metropolitana de Porto Alegre era usada por um casal para aplicar golpe dos nudes em vítimas do interior de São Paulo. O delegado Edmar Rogério Dias Caparroz, responsável pela investigação que começou na cidade paulista de Presidente Venceslau, diz que sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos na quarta-feira (29) em Porto Alegre e em Charqueadas. Durante a ação, o endereço de um dos investigados foi descoberto e os policiais foram até a residência, em Viamão. No local, foi encontrado um computador equipado com microfone. O aparelho foi apreendido.
Mais onze mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta quinta-feira (30) em Novo Hamburgo, São Leopoldo, Portão, Sapiranga, Igrejinha e no Presídio Estadual de Taquara. Durante a manhã, foram apreendidos 33 cartões em nome dos investigados, celulares e uma arma calibre 12. A arma estava na casa de um dos investigados, em Portão. Ele foi preso em flagrante por porte ilegal de arma. Caparroz afirma que todo o material recolhido será levado para São Paulo, onde passará por perícia. Com a ação, a Polícia busca desarticular a organização criminosa.
“As investigações perduram há mais de um ano e lançamos mão de várias ferramentas de investigação como análise de celulares e de movimentações bancárias”, relata o delegado. Ele conta que os alvos das ações desta semana são os novos integrantes do grupo envolvido com crimes de estelionato que fez duas vítimas em Presidente Venceslau e uma em Teodoro Sampaio, em São Paulo. Os investigados lucraram mais de R$ 120 mil com os crimes.
A operação no RS contou com o apoio da 1ª, 2ª e 3ª Delegacia de Polícia (DP) de Novo Hamburgo, da DP de Ivoti, e da DP de Dois Irmãos.
NA GRANDE PORTO ALEGRE????
Polícia descobre casa usada como central para aplicar golpe dos nudes em vítimas de SP.
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— Jornal NH (@jornalnh) March 30, 2023
O golpe
Segundo a investigação, homens são atraídos por perfis falsos de mulheres nas redes sociais e são induzidos à troca de fotos pessoais, por meio de aplicativos de mensagens. Em posse das imagens, a suposta mulher alega ser menor de idade, quando, então, familiares, advogados e até policiais, todos falsos, passam a exigir a transferência de dinheiro para que as fotos e as conversas não sejam denunciadas. Com medo, as vítimas cedem às exigências e transferem dinheiro aos criminosos.
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