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Operação Medellin

Droga importada da Colômbia e brownie de maconha são achados em depósito do tráfico descoberto em Canoas

Apreensão de 120 kg de entorpecentes que eram entregues via Sedex aconteceu, no final da tarde desta quarta-feira (24), no bairro Mathias Velho

Publicado em: 25/04/2024 às 11h:28 Última atualização: 25/04/2024 às 14h:22
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Três meses de investigações culminaram na chamada Operação Medellín, desencadeada pela Polícia Civil, no final da tarde desta quarta-feira (24), mirando uma facção criminosa que estava importando entorpecentes para Canoas direto da Colômbia.

Apreensão de 120 kg de entorpecentes que eram entregues via Sedex



Apreensão de 120 kg de entorpecentes que eram entregues via Sedex

Foto: Polícia Civil/Divulgação

A ação organizada pela 1ª Delegacia de Investigação do Narcotráfico (DIN) apurava um serviço de tele-entrega que garantia distribuição de maconha que partia de Canoas para abastecer pontos em Porto Alegre e toda a região metropolitana. A atividade ilícita era coordenada de dentro do presídio, por um apenado.

Segundo o delegado Gabriel Borges, o serviço seria responsável pela entrega de entorpecentes a um público específico de alta classe, garantindo a mais alta qualidade vista pela polícia no Rio Grande do Sul. . O sistema era considerado um dos maiores de televenda de droga de alto padrão do Estado.

“Não é fácil criar brownies e muffins de maconha, porque é preciso transformar a erva em pasta e, para isso, é necessário garantir a melhor qualidade possível”, esclarece. “Só que encontramos uma flor de maconha importada da Colômbia, o que não é comum por aqui”.

A partir do monitoramento dos entregadores, foi possível identificar o suposto depósito dos entorpecentes, localizado num imóvel no bairro Mathias Velho, aponta o delegado.

“A abordagem foi executada no momento em que um suspeito estava saindo do local”, explica. “Ele foi preso em flagrante, já que no interior do veículo achamos 120 quilos de maconha”, acrescenta. Além dos 120 quilos de entorpecente, houve a apreensão de mais dois quilos da maconha como “skunk” ou “camarão”, que possui alto grau de “pureza”, conforme a Polícia Civil. Somado a isso, havia 1,5 quilo de cocaína no carro.

Foi apreendido no imóvel, conforme Borges, material para a produção e acondicionamento de drogas e entorpecentes, além de embalagens, fitas, recipientes, potes herméticos e cadernos com anotações de horários e locais de entrega.

“O material apreendido tinha adesivos personalizados com marca para indicar aos compradores a qualidade dos produtos vendidos”, frisa. “E havia até brindes que acompanhavam os pacotes”. Também chamou a atenção dos policiais os selos de postagem inseridos em alguns pacotes prontos para entrega.

“Havia vários pacotes da maconha já prontos e embalados para serem entregues via Sedex, o que indica que o grupo também atua fornecendo entorpecentes em larga escala para outros locais”, conclui.

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