SÃO LEOPOLDO

Pitbull agredido com pedaço de madeira é enviado para santuário da raça em São Paulo; entenda motivo

Animal havia sido vítima de maus-tratos em janeiro deste ano, no bairro Santos Dumont

Publicado em: 13/09/2024 13:48
Última atualização: 13/09/2024 14:25

Entre os cães enviados de São Leopoldo para outros estados nesta quinta-feira (12) estava um pitbull vítima de maus-tratos no começo do ano. Kratos, de aproximadamente três anos, havia sido agredido pelo tutor com um pedaço de madeira, em janeiro. O caso, ocorrido no bairro Santos Dumont e gravado por moradores próximos e divulgado nas redes sociais, acabou virando caso de Polícia.

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Animal havia sido vítima de maus-tratos praticados pelo tutor, em janeiro deste ano no bairro Santos Dumont Foto: Acervo Pessoal

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Na data, agentes do Grupamento de Defesa Ambiental (GDA) Ipson Pavani, da Guarda Civil Municipal (GCM) de São Leopoldo, em uma ação conjunta com a Secretaria Municipal de Proteção Animal (Sempa) e a Polícia Civil, realizaram o resgate do cão. O agressor não foi encontrado na residência, mas foi identificado e a Polícia Civil instaurou um inquérito, indiciando-o por maus-tratos.

Desde o resgate, Kratos havia sido adotado e devolvido cinco vezes. “O motivo era sempre o mesmo, que ele mordia os pés das pessoas, que atacava por nada. Mas na verdade são pessoas inexperientes com a raça. Kratos é um querido, mas bruto, muito forte e suas brincadeiras assustam, mas nunca tive medo e ele sabia disso. Eu compreendia as brincadeiras compatíveis com o porte. É um bobo, destrambelhado”, comenta a voluntária da causa animal Paola Rodrigues, integrante do grupo Focinhos de Rua, uma das responsáveis pelos cuidados com o cão, que estava abrigado no Canil Municipal. 

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Por que Kratos foi transferido para São Paulo?

Conforme Paola, Kratos seguiu para o Pits Ales, um centro de apoio a pitbulls e outros animais negligenciados ou vítimas de maus-tratos, localizado em São Paulo. No site do projeto, os organizadores explicam o porquê de darem prioridade aos pitbulls.
“Quase nenhum protetor resgata pits e poucos hotéis os aceitam. A cada dia, cresce o número de pits abandonados. Quando nas ruas, os pits correm mais riscos, devido ao preconceito que a raça sofre. Apanham, levam pedradas e são até jurados de morte. Cabe a nós também, a tarefa de conscientizar as pessoas sobre o preconceito que atinge a raça injustamente”, destaca o texto. 

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