As palometas, espécie de piranha que já foi vista em pontos do Rio dos Sinos no ano passado, agora também foram capturadas no Rio Caí, em Bom Princípio. Quatro delas foram pescadas por moradores da cidade perto do Passo Selbach, há cerca de uma semana.
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Por conta do registro, a prefeitura de Bom Princípio fez um alerta a população nas redes sociais. A publicação informa como identificar uma palometa e o que fazer ao ser mordido. “O ferimento deve ser lavado com água e sabão, para evitar uma infecção bacteriana. Em casos de mordidas mais profundas, recomenda-se procurar uma Unidade Básica de Saúde, para que um profissional cuide do ferimento e para tomar a vacina antitetânica.”
Assim como no Rio dos Sinos e Rio Caí, as palometas já foram vistas no Rio Jacuí, onde avançaram em 2020 e chegaram a vários pontos do Rio dos Sinos. Inclusive, um pescador de Cachoeira do Sul foi mordido pela espécie de piranha em setembro do ano passado.
A palometa é responsável por causar um desequilíbrio natural em seu ingresso ao novo habitat. Conforme já registrado pelo Grupo Sinos, não há como evitar sua chegada e proliferação. De acordo com o analista ambiental do Ibama, Maurício Vieira de Souza, “não há técnicas de contenção de invasão de espécies exóticas”.
As invasoras estão se adaptando ao novo ambiente, o que pode atingir as espécies nativas, e causar um impacto direto nos pescadores que dependem da atividade para sobreviver. As palometas são peixes carnívoros e com uma grande capacidade de predação.
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No entanto, conforme esclarecido em outra reportagem pelo professor do Programa de Pós-Graduação (PPG) de biologia e engenharia da Unisinos, membro da Comissão Permanente de Assessoria Técnica (CPA) do Comitesinos, Uwe Schulz, a espécie palometa traz poucos riscos para humanos. “Ela não é um animal que ataca de cardume como outras piranhas, o que se tem de registro é que ela dá um prejuízo maior aos pescadores profissionais”.
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