MEIO AMBIENTE
Pioneiro no País, Comitesinos completa 35 anos mobilizando pela bacia do Rio dos Sinos
Primeiro comitê de gerenciamento de bacia hidrográfica do Brasil faz aniversário nesta sexta-feira
Última atualização: 02/02/2024 14:08
Um grande poder mobilizador. Essa é uma das principais caraterísticas do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos (Comitesinos). E nesta sexta-feira (17), o Comitesinos, primeiro comitê de gerenciamento de bacia hidrográfica do Brasil, completa 35 anos de mobilizações.
"O Comitesinos sempre teve esse grande poder mobilizador. As plenárias reúnem os representantes e muitas outras forças de toda a bacia. São diversas entidades usuárias de água ou com interesse direto em sua preservação", enfatiza Viviane Feijó Machado, presidente do Comitesinos. Segundo ela, foram muitas lutas ao longo desses 35 anos.
"O Comitê foi constituído por uma preocupação com a grande poluição industrial, da época, e pela necessidade de acordo entre as partes envolvidas e interessadas na proteção do Sinos para a garantia da sustentabilidade deste bem natural. Hoje, o vilão é a poluição doméstica, por esgoto cloacal e resíduos sólidos."
"Avançamos no enquadramento do Sinos, mas ainda estamos engatinhando para enquadrar na classificação do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) os seus arroios."
"Em 2014 finalizamos nosso Plano de Bacia, mas algumas ações importantes previstas pouco avançaram, como o estudo para alternativas de regularização de vazão e equilíbrio do balanço hídrico, que foi licitado no início deste mês", avalia. Lembra que o Comitesinos coordena o Projeto VerdeSinos, que na Educação Ambiental tem uma ação continuada com foco na sustentabilidade.
Esclarecimentos e temas polêmicos em debate
Viviane enfatiza que no ano passado, o Comitesinos trouxe ao debate temas polêmicos. “Nossa intenção foi esclarecer aos usuários e às pessoas de forma geral sobre os instrumentos que o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos prevê e que estão em pleno funcionamento em outros Estados. Nossa lei estadual 10.350/94, em que pese deva ser revisada, também prevê tais instrumentos e não são aplicados no Rio Grande do Sul. Um exemplo é a implantação da cobrança pelo uso dos recursos hídricos, ou seja, quem capta água ou despeja efluente em um rio, deve pagar por este uso do recurso natural.”
Neste ano, marcando os 35 anos do Comitesinos, pretende aprofundar o debate. “Agora, em abril, teremos o primeiro Simpósio de Manejo de Bacias Hidrográficas e Mudanças Climáticas, de 10 a 13 de abril, na Unisinos. Depois, nas plenárias, que são abertas ao público, continuaremos tratando dos principais temas relevantes para a Bacia.”
Ela entende que é necessário marcar o ano de 2024 também como um momento de uma Bacia Hidrográfica que caminha para a sustentabilidade. “Essa bacia hidrográfica e esse Rio dos Sinos, que foram tão importantes para os imigrantes que essas terras colonizaram, precisam ser protegidas porque
fazem parte da história e sem eles nossos descendentes podem não ter história”, reforça Viviane.
Dia Estadual da Bacia do Rio dos Sinos
Para lembrar do momento, a equipe do Comitesinos participará hoje de uma atividade alusiva ao Dia Estadual da Bacia do Rio dos Sinos. O evento também marcará os 35 anos do Comité e o lançamento das ações do Simpósio de Manejo de Bacias Hidrográficas. A agenda, a partir das 9 horas, será na Sala Marlene Engelke, no Parque Natural Municipal Banhado da Imperatriz, na Avenida Imperatriz Leopoldina, 900, bairro Pinheiro, em São Leopoldo. Além de representantes do Comitesinos, o evento deve contar com a participação do prefeito Ary Vanazzi e do secretário do Meio Ambiente e ex-presidente do Comitê, Anderson Etter, entre outras autoridades e convidados.
Preocupação e consciência
Para Viviane, as pessoas estão mais preocupadas com o meio ambiente. Porém é diferente ter preocupação e ter consciência. “A consciência passa por mudança de atitude. Precisa haver uma política ambiental. É inegável as alterações que o planeta vem sofrendo e o grande causador é o ser humano. Então, ou mudamos nossa atitude ou essas alterações irão piorar. Há apenas uma saída: precisamos mitigar as mudanças climáticas que estão acontecendo. Isso inclui políticas públicas locais, regionais, globais para questões como lixo, queimada, emissões...nosso planeta, nossa única casa”, completa.
Reconhecido pelo seu caráter pioneiro, o Comitesinos foi instituído em 1988 a partir do decreto 32.774/88. Ele é um órgão do Estado, com papel fundamental na gestão dos recursos hídricos do Vale do Sinos.
Um grande poder mobilizador. Essa é uma das principais caraterísticas do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos (Comitesinos). E nesta sexta-feira (17), o Comitesinos, primeiro comitê de gerenciamento de bacia hidrográfica do Brasil, completa 35 anos de mobilizações.
"O Comitesinos sempre teve esse grande poder mobilizador. As plenárias reúnem os representantes e muitas outras forças de toda a bacia. São diversas entidades usuárias de água ou com interesse direto em sua preservação", enfatiza Viviane Feijó Machado, presidente do Comitesinos. Segundo ela, foram muitas lutas ao longo desses 35 anos.
"O Comitê foi constituído por uma preocupação com a grande poluição industrial, da época, e pela necessidade de acordo entre as partes envolvidas e interessadas na proteção do Sinos para a garantia da sustentabilidade deste bem natural. Hoje, o vilão é a poluição doméstica, por esgoto cloacal e resíduos sólidos."
"Avançamos no enquadramento do Sinos, mas ainda estamos engatinhando para enquadrar na classificação do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) os seus arroios."
"Em 2014 finalizamos nosso Plano de Bacia, mas algumas ações importantes previstas pouco avançaram, como o estudo para alternativas de regularização de vazão e equilíbrio do balanço hídrico, que foi licitado no início deste mês", avalia. Lembra que o Comitesinos coordena o Projeto VerdeSinos, que na Educação Ambiental tem uma ação continuada com foco na sustentabilidade.
Esclarecimentos e temas polêmicos em debate
Viviane enfatiza que no ano passado, o Comitesinos trouxe ao debate temas polêmicos. “Nossa intenção foi esclarecer aos usuários e às pessoas de forma geral sobre os instrumentos que o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos prevê e que estão em pleno funcionamento em outros Estados. Nossa lei estadual 10.350/94, em que pese deva ser revisada, também prevê tais instrumentos e não são aplicados no Rio Grande do Sul. Um exemplo é a implantação da cobrança pelo uso dos recursos hídricos, ou seja, quem capta água ou despeja efluente em um rio, deve pagar por este uso do recurso natural.”
Neste ano, marcando os 35 anos do Comitesinos, pretende aprofundar o debate. “Agora, em abril, teremos o primeiro Simpósio de Manejo de Bacias Hidrográficas e Mudanças Climáticas, de 10 a 13 de abril, na Unisinos. Depois, nas plenárias, que são abertas ao público, continuaremos tratando dos principais temas relevantes para a Bacia.”
Ela entende que é necessário marcar o ano de 2024 também como um momento de uma Bacia Hidrográfica que caminha para a sustentabilidade. “Essa bacia hidrográfica e esse Rio dos Sinos, que foram tão importantes para os imigrantes que essas terras colonizaram, precisam ser protegidas porque
fazem parte da história e sem eles nossos descendentes podem não ter história”, reforça Viviane.
Dia Estadual da Bacia do Rio dos Sinos
Para lembrar do momento, a equipe do Comitesinos participará hoje de uma atividade alusiva ao Dia Estadual da Bacia do Rio dos Sinos. O evento também marcará os 35 anos do Comité e o lançamento das ações do Simpósio de Manejo de Bacias Hidrográficas. A agenda, a partir das 9 horas, será na Sala Marlene Engelke, no Parque Natural Municipal Banhado da Imperatriz, na Avenida Imperatriz Leopoldina, 900, bairro Pinheiro, em São Leopoldo. Além de representantes do Comitesinos, o evento deve contar com a participação do prefeito Ary Vanazzi e do secretário do Meio Ambiente e ex-presidente do Comitê, Anderson Etter, entre outras autoridades e convidados.
Preocupação e consciência
Para Viviane, as pessoas estão mais preocupadas com o meio ambiente. Porém é diferente ter preocupação e ter consciência. “A consciência passa por mudança de atitude. Precisa haver uma política ambiental. É inegável as alterações que o planeta vem sofrendo e o grande causador é o ser humano. Então, ou mudamos nossa atitude ou essas alterações irão piorar. Há apenas uma saída: precisamos mitigar as mudanças climáticas que estão acontecendo. Isso inclui políticas públicas locais, regionais, globais para questões como lixo, queimada, emissões...nosso planeta, nossa única casa”, completa.
Reconhecido pelo seu caráter pioneiro, o Comitesinos foi instituído em 1988 a partir do decreto 32.774/88. Ele é um órgão do Estado, com papel fundamental na gestão dos recursos hídricos do Vale do Sinos.