MÚSICO 'APOSENTADO'
Pino, da banda 'Os Atuais', deixa 'barco do amor' em boas mãos para curtir a vida fora dos palcos
Com 70 anos de idade e 54 de carreira, Acilino Alves da Silva fez sua última apresentação em janeiro de 2023. Agora, pretende dedicar mais tempo à família
Última atualização: 22/01/2024 12:23
Talvez poucos saibam quem é Acilino Alves da Silva. Mais conhecido como Pino, da banda "Os Atuais", o músico deixa os palcos aos 70 anos, após quase 54 cantando com "os reis do baile". A partir de agora, o comandante do "barco do amor" pretende curtir a vida com a família, mas garante que seguirá acompanhando de perto a trajetória do grupo.
"Nunca é 'Os Atuais' do Pino, é o Pino de 'Os Atuais'. A marca que é importante. Eles [integrantes que ficam] vão levar a marca por muitos e muitos anos", comenta.
Embora a decisão pela "aposentadoria" tenha ocorrido oficialmente no ano passado, a última apresentação do artista foi no dia 8 deste mês, em Arvoredo, antes das férias do grupo, que já voltou às atividades. Com isso, os fãs passam a "bailar" ao som da voz de Paulinho Dill, que já atuava ao lado de Pino como vocalista.
Fundador da banda, Ivar David Costa conta que o mais novo "aposentado" seguirá no time, atuando como sócio e colaborador da banda. "Ele só não estará no palco." E foi isso que contou Pino nesta entrevista ao ABC+, durante os preparativos para as férias em Capão da Canoa. Na ocasião, ele estava em Tucunduva, cidade gaúcha onde a banda nasceu, há 55 anos.
"Eu paro feliz, porque o que fiz pelos Atuais deixei em boas mãos. Toda essa gurizada que faz o barco navegar, com certeza eles sabem em que porto ancorar, porque todos são responsáveis. Músicos aplaudidos pelos nossos fãs, pelos amigos... Tenho certeza que essa gurizada fará com que tudo dê certo."
'Estou muito preparado para parar'
ABC + - Como foi a decisão do afastamento dos palcos? O que o motivou?
Pino - Tomei essa decisão pelo tempo. São 54 anos dos "Atuais", e uma das coisas que me fez tomar essa decisão foi o tempo que fiquei longe de minha família. Sou casado há 45 anos com minha esposa e não vivi 20 com minha família. Isso começou a pesar. Essa vontade de viver com a família, de ter esse dia a dia com a minha família, fez com que eu tomasse a decisão de me afastar dos palcos. Eu nunca consegui passar uma virada do ano, em 45 anos de casados, nunca passei [em família].
ABC + - Em sua trajetória, quais músicas mais marcaram sua vida profissional?
Pino - A música que mais marcou foi o "Barco do Amor", gravada em 1983, que vendeu 224 mil cópias naquela época, sem mídia, sem nada. Foi a maior vendagem e deu o primeiro disco de ouro. Essa música é o nosso hino. Fizemos a abertura, o encerramento, chega a tocar várias vezes no baile, porque o pessoal pede muito. Marcou a vida de muita gente. Ela rodou em todo Brasil. Ela nunca vai envelhecer para mim e tenho certeza que para as pessoas também não.
ABC + - O que o público pode esperar de "Os Atuais" sem a sua presença?
Pino - O público pode esperar muito sucesso. Estamos com as melhores músicas do segmento de bandas do Sul do Brasil. Temos uma dupla de trompetes, que é uma das melhores do Sul do Brasil, o baterista que tem nosso ritmo desde pequeno, tecladista, o contrabaixista, o guitarrista, o Paulinho que é o vocalista. Esse pessoal com certeza vai fazer o "Barco do Amor" navegar pelo rio azul por muitos e muitos anos, pela capacidade musical que cada um tem, pelo amor que têm pelos "Atuais".
ABC + - É possível um retorno aos palcos?
Pino - Não vou retornar ao palco. Talvez algo muito especial. Já tenho um aniversário de um amigo nosso em agosto, que é muito amigo nosso, que vou lá para fazer a festa com ele e cantarei uma música. Mas voltar para trabalhar, para cantar nos bailes, não vou retornar. Passou o meu ciclo. O tempo passa e a gente passa com ele. Tudo é tempo, e chegou o meu tempo de chegar e dizer que o tempo passou, e vocês vão continuar levando "Os Atuais" para frente. Cumpri a minha missão feliz.
ABC + - O que o pretende fazer da rotina daqui para frente?
Pino - Quero viver com minha família. Estou muito preparado para parar. Vou adorar, e minha família também está contente. E vou ficar trabalhando na administração da banda, junto com o Jaque, que é o nosso diretor.
Talvez poucos saibam quem é Acilino Alves da Silva. Mais conhecido como Pino, da banda "Os Atuais", o músico deixa os palcos aos 70 anos, após quase 54 cantando com "os reis do baile". A partir de agora, o comandante do "barco do amor" pretende curtir a vida com a família, mas garante que seguirá acompanhando de perto a trajetória do grupo.
"Nunca é 'Os Atuais' do Pino, é o Pino de 'Os Atuais'. A marca que é importante. Eles [integrantes que ficam] vão levar a marca por muitos e muitos anos", comenta.
Embora a decisão pela "aposentadoria" tenha ocorrido oficialmente no ano passado, a última apresentação do artista foi no dia 8 deste mês, em Arvoredo, antes das férias do grupo, que já voltou às atividades. Com isso, os fãs passam a "bailar" ao som da voz de Paulinho Dill, que já atuava ao lado de Pino como vocalista.
Fundador da banda, Ivar David Costa conta que o mais novo "aposentado" seguirá no time, atuando como sócio e colaborador da banda. "Ele só não estará no palco." E foi isso que contou Pino nesta entrevista ao ABC+, durante os preparativos para as férias em Capão da Canoa. Na ocasião, ele estava em Tucunduva, cidade gaúcha onde a banda nasceu, há 55 anos.
"Eu paro feliz, porque o que fiz pelos Atuais deixei em boas mãos. Toda essa gurizada que faz o barco navegar, com certeza eles sabem em que porto ancorar, porque todos são responsáveis. Músicos aplaudidos pelos nossos fãs, pelos amigos... Tenho certeza que essa gurizada fará com que tudo dê certo."
'Estou muito preparado para parar'
ABC + - Como foi a decisão do afastamento dos palcos? O que o motivou?
Pino - Tomei essa decisão pelo tempo. São 54 anos dos "Atuais", e uma das coisas que me fez tomar essa decisão foi o tempo que fiquei longe de minha família. Sou casado há 45 anos com minha esposa e não vivi 20 com minha família. Isso começou a pesar. Essa vontade de viver com a família, de ter esse dia a dia com a minha família, fez com que eu tomasse a decisão de me afastar dos palcos. Eu nunca consegui passar uma virada do ano, em 45 anos de casados, nunca passei [em família].
ABC + - Em sua trajetória, quais músicas mais marcaram sua vida profissional?
Pino - A música que mais marcou foi o "Barco do Amor", gravada em 1983, que vendeu 224 mil cópias naquela época, sem mídia, sem nada. Foi a maior vendagem e deu o primeiro disco de ouro. Essa música é o nosso hino. Fizemos a abertura, o encerramento, chega a tocar várias vezes no baile, porque o pessoal pede muito. Marcou a vida de muita gente. Ela rodou em todo Brasil. Ela nunca vai envelhecer para mim e tenho certeza que para as pessoas também não.
ABC + - O que o público pode esperar de "Os Atuais" sem a sua presença?
Pino - O público pode esperar muito sucesso. Estamos com as melhores músicas do segmento de bandas do Sul do Brasil. Temos uma dupla de trompetes, que é uma das melhores do Sul do Brasil, o baterista que tem nosso ritmo desde pequeno, tecladista, o contrabaixista, o guitarrista, o Paulinho que é o vocalista. Esse pessoal com certeza vai fazer o "Barco do Amor" navegar pelo rio azul por muitos e muitos anos, pela capacidade musical que cada um tem, pelo amor que têm pelos "Atuais".
ABC + - É possível um retorno aos palcos?
Pino - Não vou retornar ao palco. Talvez algo muito especial. Já tenho um aniversário de um amigo nosso em agosto, que é muito amigo nosso, que vou lá para fazer a festa com ele e cantarei uma música. Mas voltar para trabalhar, para cantar nos bailes, não vou retornar. Passou o meu ciclo. O tempo passa e a gente passa com ele. Tudo é tempo, e chegou o meu tempo de chegar e dizer que o tempo passou, e vocês vão continuar levando "Os Atuais" para frente. Cumpri a minha missão feliz.
ABC + - O que o pretende fazer da rotina daqui para frente?
Pino - Quero viver com minha família. Estou muito preparado para parar. Vou adorar, e minha família também está contente. E vou ficar trabalhando na administração da banda, junto com o Jaque, que é o nosso diretor.
"Nunca é 'Os Atuais' do Pino, é o Pino de 'Os Atuais'. A marca que é importante. Eles [integrantes que ficam] vão levar a marca por muitos e muitos anos", comenta.