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Arquitetura da imigração

Patrimônios históricos que contam a história da imigração à espera de restauração

Casa do Imigrante, Casa da Lomba e Casa Johann Schmidt são exemplos de arquitetura que contam a história da imigração que esperam por melhorias

Débora Ertel
Publicado em: 06/02/2024 às 16h:07 Última atualização: 06/02/2024 às 16h:09
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Pela região, alguns prédios tombados são referências históricas da imigração. Três casas integam a lista: do Imigrante, Johann Schmidt e da Lomba. Quando as primeiras 39 famílias de alemães chegaram em 1824, foram acomodadas na antiga sede da Real Feitoria do Linho Cânhamo.

A casa de 1788, erguida pelos portugueses, era o local onde se produzia a matéria-prima para velas e cordéis de navios.

Casa do Imigrante foi erguida em 1788 e, na década de 1940, passou por restauro | abc+



Casa do Imigrante foi erguida em 1788 e, na década de 1940, passou por restauro

Foto: Priscila Carvalho/GES-Especial

Este imóvel ficou conhecido como a Casa do Imigrante e hoje espera ser restaurado, depois que parte da construção desabou em 2019. Quando ruiu, o local já estava fechado para visitações desde 2014.

Na década de 1940, a prefeitura de São Leopoldo adquiriu o imóvel e contratou o arquiteto Theo Wiederspahn para a restauração. A arquitetura anterior, que tinha traços lusitanos, recebeu detalhes de enxaimel para homenagear aos imigrantes.

Casa Johann Schmidt, de Sapiranga | abc+



Casa Johann Schmidt, de Sapiranga

Foto: Débora Ertel/GES-Especial

Em Sapiranga, a Casa Johann Schmidt é prédio mais antigo da história da colonização, construído em 1845. É um marco na arquitetura enxaimel, além de ter abrigado um moinho que era referência para os moradores da época. Em 2015 o telhado começou a ruir. Em janeiro deste ano, foi dado início ao processo de licitação para execução da obra.

Casa da Lomba, em Novo Hamburgo | abc+



Casa da Lomba, em Novo Hamburgo

Foto: Susi Mello/GES-Especial

Já em Novo Hamburgo, a Casa da Lomba, teve início em 1862. Servia como um centro pastoral para a comunidade luterana, além de escola e casa de pastores. Fechada desde 2017, tem verba garantida para a restauração, restando fazer a licitação.  

Casa de Pedra era referência no Mundo Novo

Diz a história, que quando os alemães saíam de São Leopoldo em direção à Colônia de Mundo Novo, sempre ouviam a mesma orientação: segue até encontrar a Casa de Pedra (Steinhaus). Este prédio se tornou um marco para a colonização no Vale do Paranhana.

Casa de Pedra de Igrejinha (Steinhaus)  | abc+



Casa de Pedra de Igrejinha (Steinhaus)

Foto: Divulgação

A casa, erguida em 1846, era de Tristão Monteiro, português que vendia os lotes para os alemães. Serviu de pousada para os operários da via férrea, foi armazém e no porão guardou homens e mulheres negros escravizados. Ainda presenciou um tiroteio entre chimangos e maragatos e serviu de sede para a maçonaria.

Quando os alemães começaram a subir em direção ao Mundo Novo, passou a ser o ponto de recepção e distribuição das terras. Em 25 de julho do ano passado teve início a restauração do telhado. Trabalho que deve continuar em 2024.

Casal Vidal é a mais antiga de Taquara

Construída em 1882, a Casa Vidal é o imóvel mais antigo de Taquara. O local, tombado como patrimônio histórico cultural do município desde 2010, está sendo reformado desde 2018. Quem deu início à construção foi o imigrante alemão Jorge Fleck, reconhecido comerciante e político da colônia de Mundo Novo.

Casa Vidal, de Taquara  | abc+



Casa Vidal, de Taquara

Foto: Paulo da Luz/Empresa Arquium

Com a continuidade da obra ao longo dos anos, o prédio chegou a 1.490 metros quadrados.
Durante a restauração foi encontrada na parte mais antiga do imóvel, paredes erguidas com técnica enxaimel.

O historiador Maicon Rodrigues lembra que desde o início, a Casa Vidal era ponto de comércio. No entanto, o empreendimento expandiu quando José Müller assume. Quando ficar pronta, será a sede do Museu Histórico Municipal Adelmo Trott, do Arquivo Histórico Municipal Maria Eunice Müller Kautzmann e de uma biblioteca.

Casarão da Rua da Praia é patrimônio

Adquirido pela prefeitura em 2021, o Casarão da Rua da Praia é patrimônio de São Leopoldo. Datado em 1900, em estilo eclético, foi edificado por Pedro Clemente Blauth. Em 1960, foi vendido e o local se transformou em uma das principais atrações da região, uma casa de chope. Em 1997, a Secretaria do Meio Ambiente se instalou no prédio histórico.

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