A RODA DO TEMPO
PATRIMÔNIO HISTÓRICO: Projeto de restauração do Moinho Collet é apresentado
Prefeitura deseja iniciar a obra em 2025 e busca patrocínios
Última atualização: 27/11/2023 16:30
Há quase 170 anos, na cidade de Dois Irmãos, um moinho e uma loja de secos e molhados foram construídos como presente de casamento para uma das filhas de Jacob Blauth, com uma singular escada de pedra que leva à entrada de um dos prédios e paredes brancas que destacam o imponente edifício.
Esse presente é na atualidade, a segunda mais antiga construção na cidade, depois da Ponte de Pedra. No Moinho Collet eram feitos óleo de amendoim, farinha e beneficiamento de arroz. Com o tempo, a roda parou de girar, o prédio ficou em desuso, porém o som da água fluindo ainda ecoa na memória dos moradores mais antigos.
Projeto de restauro do Moinho Collet
Agora esse patrimônio histórico será preservado, após a aquisição da Prefeitura de Dois Irmãos, que comprou da família Collet a área com mais de 2.300 m² de terreno, pelo valor de R$ 158 mil.
As ruínas e o risco de desabamento do local estão cada vez mais próximos de deixarem de existir. Os arquitetos Edgar Bittencourt da Luz e Helga Luiza Suffert, da empresa contratada Arquium e Restauro LTDA, apresentaram o projeto de restauro do moinho.
Para o prefeito de Dois Irmãos, Jerri Adriani Meneghetti, o maior desafio é neste momento, a busca por patrocínio da obra, estimada em aproximadamente 8 milhões.“O principal desafio é econômico, pois o restauro é muito mais detalhado. Nós recebemos o projeto e a planilha de orçamento está para chegar. Pretendemos pelo menos iniciar as obras em 2025”, destaca ele.
O prefeito relembra do tempo que era criança e que Nelson Collet, antigo dono da propriedade, ligava a roda do moinho para que ele pudesse ver em funcionamento, no tempo em que Jerri passava para entregar jornal naquela região. “É o prédio comercial mais antigo do município, então poder restaurar ele e abrir para todo o público é manter a história viva da cidade. Além disso, ele vai também trazer mais visitação de turistas”, ressalta.
Casa lateral também será restaurada
A casa lateral está no projeto para ser recuperada também, mesmo sendo uma construção posterior ao moinho. Segundo Jerri, ela vai auxiliar nesse processo de restauro e o município pretende criar nela um atrativo gastronômico, por meio de concessão pública.
Ele compartilha os planos para o espaço do Moinho Collet “Embaixo temos a casa de máquinas. A parte do meio será preservada como o moinho funcionava e o no sótão tem um alojamento. O anexo será um ponto de alimentação. A parte da rua da frente estamos monitorando. Se der a oportunidade, tentaremos anexar”.
A coordenadora do Departamento de Cultura, Elisandra da Silva, destaca a importância do local. “A ideia é preservar, deixar para as próximas gerações saberem como funcionava o moinho, o comércio antigamente. Foi em 2021 que a família Collet nos procurou para vender o imóvel e o município se sensibilizou para a preservação dessa memória”.
Já a coordenadora do Departamento de Turismo, Cristiane Engelmann, destaca que no momento, a prioridade é a arrecadação de recursos para a obra que no futuro, será um espaço para a comunidade contemplar.
História do local
O Moinho Collet , que fica no Beco do Moinho, número 81, tem uma história rica que remonta a 1854, quando foi construído por Guilherme Collet, filho do imigrante Michael Collet. Inicialmente, o moinho era acompanhado por uma loja de secos e molhados, tornando-se um ponto comercial importante na rota entre Dois Irmãos e Novo Hamburgo. Ao longo dos anos, passou por várias fases de construção, adaptando-se às necessidades da produção de farinha e beneficiamento de arroz.
Em 1986, a propriedade foi dividida, e a família Collet empenhou-se em preservar o patrimônio cultural, com iniciativas próprias e o apoio da Associação de Amigos do Patrimônio Histórico de Dois Irmãos. A preservação do Moinho Collet foi reconhecida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado em 1999, destacando sua importância cultural e histórica.
Há quase 170 anos, na cidade de Dois Irmãos, um moinho e uma loja de secos e molhados foram construídos como presente de casamento para uma das filhas de Jacob Blauth, com uma singular escada de pedra que leva à entrada de um dos prédios e paredes brancas que destacam o imponente edifício.
Esse presente é na atualidade, a segunda mais antiga construção na cidade, depois da Ponte de Pedra. No Moinho Collet eram feitos óleo de amendoim, farinha e beneficiamento de arroz. Com o tempo, a roda parou de girar, o prédio ficou em desuso, porém o som da água fluindo ainda ecoa na memória dos moradores mais antigos.
Projeto de restauro do Moinho Collet
Agora esse patrimônio histórico será preservado, após a aquisição da Prefeitura de Dois Irmãos, que comprou da família Collet a área com mais de 2.300 m² de terreno, pelo valor de R$ 158 mil.
As ruínas e o risco de desabamento do local estão cada vez mais próximos de deixarem de existir. Os arquitetos Edgar Bittencourt da Luz e Helga Luiza Suffert, da empresa contratada Arquium e Restauro LTDA, apresentaram o projeto de restauro do moinho.
Para o prefeito de Dois Irmãos, Jerri Adriani Meneghetti, o maior desafio é neste momento, a busca por patrocínio da obra, estimada em aproximadamente 8 milhões.“O principal desafio é econômico, pois o restauro é muito mais detalhado. Nós recebemos o projeto e a planilha de orçamento está para chegar. Pretendemos pelo menos iniciar as obras em 2025”, destaca ele.
O prefeito relembra do tempo que era criança e que Nelson Collet, antigo dono da propriedade, ligava a roda do moinho para que ele pudesse ver em funcionamento, no tempo em que Jerri passava para entregar jornal naquela região. “É o prédio comercial mais antigo do município, então poder restaurar ele e abrir para todo o público é manter a história viva da cidade. Além disso, ele vai também trazer mais visitação de turistas”, ressalta.
Casa lateral também será restaurada
A casa lateral está no projeto para ser recuperada também, mesmo sendo uma construção posterior ao moinho. Segundo Jerri, ela vai auxiliar nesse processo de restauro e o município pretende criar nela um atrativo gastronômico, por meio de concessão pública.
Ele compartilha os planos para o espaço do Moinho Collet “Embaixo temos a casa de máquinas. A parte do meio será preservada como o moinho funcionava e o no sótão tem um alojamento. O anexo será um ponto de alimentação. A parte da rua da frente estamos monitorando. Se der a oportunidade, tentaremos anexar”.
A coordenadora do Departamento de Cultura, Elisandra da Silva, destaca a importância do local. “A ideia é preservar, deixar para as próximas gerações saberem como funcionava o moinho, o comércio antigamente. Foi em 2021 que a família Collet nos procurou para vender o imóvel e o município se sensibilizou para a preservação dessa memória”.
Já a coordenadora do Departamento de Turismo, Cristiane Engelmann, destaca que no momento, a prioridade é a arrecadação de recursos para a obra que no futuro, será um espaço para a comunidade contemplar.
História do local
O Moinho Collet , que fica no Beco do Moinho, número 81, tem uma história rica que remonta a 1854, quando foi construído por Guilherme Collet, filho do imigrante Michael Collet. Inicialmente, o moinho era acompanhado por uma loja de secos e molhados, tornando-se um ponto comercial importante na rota entre Dois Irmãos e Novo Hamburgo. Ao longo dos anos, passou por várias fases de construção, adaptando-se às necessidades da produção de farinha e beneficiamento de arroz.
Em 1986, a propriedade foi dividida, e a família Collet empenhou-se em preservar o patrimônio cultural, com iniciativas próprias e o apoio da Associação de Amigos do Patrimônio Histórico de Dois Irmãos. A preservação do Moinho Collet foi reconhecida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado em 1999, destacando sua importância cultural e histórica.
Esse presente é na atualidade, a segunda mais antiga construção na cidade, depois da Ponte de Pedra. No Moinho Collet eram feitos óleo de amendoim, farinha e beneficiamento de arroz. Com o tempo, a roda parou de girar, o prédio ficou em desuso, porém o som da água fluindo ainda ecoa na memória dos moradores mais antigos.