ARQUITETURA DA IMIGRAÇÃO
Patrimônio histórico do Brasil, Hamburgo Velho é exemplo clássico de aldeia alemã
Imóveis centenários são preservados no bairro tombado em Novo Hamburgo
Última atualização: 02/02/2024 13:56
O Centro Histórico de Hamburgo Velho, em Novo Hamburgo, é um museu a céu aberto de elementos da arquitetura deixados pela imigração alemã. O bairro abriga museus, casas históricas e também é palco de eventos culturais.
Hamburgerberg, como era chamada no século 19, foi caminho de tropeiros e entroncamento de importantes estradas daquela época, o que impulsionou o crescimento espontâneo do povoado.
O local é tombado pelo Instituto do Patrimônio Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 2015 e preserva a Casa Schmitt-Presser, primeiro bem cultural da região a ser elevado à categoria de patrimônio nacional, no ano de 1985.
O imóvel foi construída em 1828, por Luiz Kersting e adquirido, em 1830, pelo comerciante alemão João Pedro Schmitt, responsável pela transformação do armazém em um importante entreposto comercial da colônia alemã.
Como explica o pesquisador em arquitetura Jorge Stocker Júnior, poucos núcleos adquiriram característica de aldeias de morro (Haufendorf) como Hamburgo Velho. São exemplos a localidade de São José do Herval e Morro Reuter.
A partir de 1876, com a conclusão da estrada de ferro entre Porto Alegre e Novo Hamburgo, Hamburgerberg deixou de ser o centro das negociações. A estação final da linha foi implantada em outro núcleo, que ficou conhecido como Novo Hamburgo.