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BICENTENÁRIO DA IMIGRAÇÃO ALEMÃ

Passeios exploram os vestígios das linhas e picadas de antigamente na região

Seis roteiros levam participantes a conhecer antigos travessões, picadas, prédios históricos e lugares da antiga Colônia Alemã de São Leopoldo

Moacir Fritzen
Publicado em: 05/04/2024 às 07h:00 Última atualização: 05/04/2024 às 07h:50
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Por onde os imigrantes germânicos que chegaram à Colônia Alemã de São Leopoldo ao longo do século 19 se deslocaram, quais eram os primeiros lotes das comunidades e onde ficavam os limites? Essas são algumas perguntas bem comuns entre aqueles que se interessam pela história da região.

E para entender melhor os desafios da época, um trio formado por um pesquisador, um historiador e um jornalista que também é guia de turismo criou o Tour pelas Antigas Linhas e Picadas. O primeiro passeio ocorreu no último dia 23 de março e percorreu locais históricos em São Leopoldo, Estância Velha, Novo Hamburgo e Campo Bom. Já estão planejados mais cinco roteiros.

Grupo conheceu a réplica de uma choupana em Lomba Grande | abc+



Grupo conheceu a réplica de uma choupana em Lomba Grande

Foto: Vandré Brancão/GES-Especial

Com mais de 20 pessoas a bordo de um micro-ônibus, o tour proporcionou um verdadeiro mergulho no passado e um comparativo com a atualidade. O grupo fez algumas paradas em pontos como na Casa do Imigrante (também chamada de Casa da Feitoria), no Passo do Rio dos Sinos (onde era possível atravessar o curso d’água), em trechos da Rua Presidente Lucena, junto ao Arroio Portão que delimitava territórios, numa antiga escadaria que é a continuidade de um travessão em Novo Hamburgo, na réplica de uma choupana em Lomba Grande, na primeira comunidade evangélica luterana que fica em Campo Bom, na antiga estação de trem campo-bonense e na sede social do Clube 15 de Novembro.

Casa do Imigrante, em São Leopoldo, que abrigou as primeiras famílias germânicas em 1824, fez parte do roteiro do passeio inaugural | abc+



Casa do Imigrante, em São Leopoldo, que abrigou as primeiras famílias germânicas em 1824, fez parte do roteiro do passeio inaugural

Foto: Priscila Carvalho/GES-Especial

Altar e vitrais na antiga Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) em Campo Bom chamaram a atenção dos participantes do passeio | abc+



Altar e vitrais na antiga Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) em Campo Bom chamaram a atenção dos participantes do passeio

Foto: FOTOS Moacir Fritzen/GES-Especial

 

Pausa junto à escadaria entre a Rua Barão do Rio Branco e a Avenida Pedro Adams Filho, em Novo Hamburgo, que é uma antiga servidão. Ao fundo, parte do traçado da Rua Rincão, que é um antigo travessão que dividia lotes | abc+



Pausa junto à escadaria entre a Rua Barão do Rio Branco e a Avenida Pedro Adams Filho, em Novo Hamburgo, que é uma antiga servidão. Ao fundo, parte do traçado da Rua Rincão, que é um antigo travessão que dividia lotes

Foto: Moacir Fritzen/GES-Especial

No início da Rua Presidente Lucena, em São Leopoldo, no ponto onde os caminhos se dividiam rumo às colônias para os primeiros assentamentos | abc+



No início da Rua Presidente Lucena, em São Leopoldo, no ponto onde os caminhos se dividiam rumo às colônias para os primeiros assentamentos

Foto: Moacir Fritzen/GES-Especial

Memórias

Ao longo do caminho, teve inclusive leituras de cartas de imigrantes que viveram na região.

Segundo vitivinicultor e idealizador da iniciativa Blasio Alberto Bervian, os passeios têm o objetivo de “mostrar a geografia, primeiros trilhos, caminhos e estradas dentro da Colônia Alemã de São Leopoldo, mostrar o perímetro que delimitava cada linha, picada ou colônia, mostrar algo da vida real do imigrante, trazer memórias escritas, e mostrar algo concreto que exista ainda como casas, pontes, igrejas, cemitérios e estradas, além de ligar fatos acontecidos aos locais”.

“O roteiro refazendo a chegada dos imigrantes alemães nos mostra a importância da preservação do patrimônio arquitetônico, histórico e cultural para que as futuras gerações conheçam e valorizem as origens de nossa sociedade atual”, destaca a advogada, funcionária pública municipal e professora de alemão Andresa Schwarz, de 44 anos, moradora de Igrejinha, que foi uma das participantes do primeiro tour.

No interior da réplica de uma choupana localizada em Lomba Grande, os visitantes puderam ter uma ideia de como eram as condições de vida nas primeiras habitações construídas em lotes na região | abc+



No interior da réplica de uma choupana localizada em Lomba Grande, os visitantes puderam ter uma ideia de como eram as condições de vida nas primeiras habitações construídas em lotes na região

Foto: Moacir Friten/GES-Especial

Próxima “viagem histórica”

O próximo passeio já tem data marcada: dia 27 de abril. O percurso inclui visita ao Museu Histórico Visconde de São Leopoldo, além de pontos históricos nas cidades de Estância Velha e Ivoti. Para participar, interessados podem entrar em contato pelo WhatsApp (51) 99646-6363.

Todas as informações sobre custos, formas de pagamento e a logística são repassadas diretamente pelos organizadores.

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