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ECONOMIA

PAQUETÁ: Ainda com dívida milionária, calçadista de Sapiranga fala sobre a situação da empresa

Empresa teve processo de recuperação judicial encerrado, mas ainda está longe de resolver sua situação financeira

Juliana Dias Nunes
Publicado em: 14/11/2023 às 11h:42 Última atualização: 14/11/2023 às 12h:10
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A situação econômica da Paquetá Calçados segue incerta. A calçadista, com sede em Sapiranga, teve o processo de recuperação judicial encerrado no último sábado (11) com a publicação da decisão do juiz Alexandre Kosby Boeira, mas ainda há débitos a serem quitados. Nesta terça-feira (14), a empresa se pronunciou por meio de nota oficial enviada ao Grupo Sinos pelo diretor financeiro Eurico Nunes.

Paquetá enfrenta recuperação judicial desde 2019 | Jornal NH



Paquetá enfrenta recuperação judicial desde 2019

Foto: Jefferson Bernardes/Preview

“Neste último sábado, 11/11, foi declarada encerrada a recuperação judicial da Paquetá, em razão de terem sido integralmente cumpridas as obrigações vencidas nos dois anos que se seguiram à homologação do seu plano de recuperação judicial. Com isto se tem por superada mais uma etapa da reestruturação do negócio Paquetá – o que não significa, portanto, que a empresa eliminou definitivamente as dificuldades por que vem passando nos últimos anos. Este é sem dúvida um importante marco que indica a sua capacidade de vencer obstáculos. E com o cumprimento dessas obrigações a Paquetá Calçados continua trabalhando fortemente em seus processos de reestruturação”, diz a nota na íntegra.

A calçadista não comentou sobre os débitos relacionados aos colaboradores e ex-colaboradores. Também há atrasos em pagamentos na fábrica da empresa que fica no Ceará.

Entenda o processo

A recuperação judicial do Grupo Paquetá começou em 2019, com dívida de R$ 428 milhões e mais de 12 mil credores. A definição do último sábado (11) tem relação com aporte de R$ 7,373 milhões, após uma determinação judicial que determinou o pagamento sob pena de ser decretada a falência da empresa, o que foi requerido por credores.

O valor cobre apenas os débitos com vencimento de até dois anos após o início da recuperação judicial, o que aconteceu em agosto deste ano. Assim, os credores poderão ainda pedir execução de outras dívidas e até mesmo pedido de falência, conforme informou o escritório Brizola e Japur Administração Judicial, que atua na administração judicial (fiscal nomeada pelo Juiz).

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