Depois de vencer a batalha contra o câncer, a família do pequeno Ruan Pereira da Silva, de 3 anos, luta para conseguir se manter. Moradores do bairro Muda Boi, zona rural de Montenegro, os pais do menino estão desempregados desde o aparecimento do tumor no filho e têm tentado sobreviver com as alternativas que encontram.
Foi aos 2 anos que Ruan começou a ter os primeiros sintomas da doença, com náusea, febre e dores no pescoço. O diagnóstico veio com a descoberta de um tumor na nuca e que já afetava o lado direito da cabeça. Aos poucos, o menino que corria pela casa foi perdendo os movimentos das pernas e desaprendendo a andar.
Com o laudo médico, ele foi encaminhado para o Hospital da Criança Santo Antônio, em Porto Alegre. No revezamento de quem passaria os dias com Ruan no hospital, Ademir Soares da Silva, que trabalhava na safra da bergamota, acabou perdendo o emprego. Ele e a esposa, Daiana Pereira de Lima, se viram sem trabalho. “Ele perdeu todo o movimento das pernas, mas o médico disse que conforme o tempo ele pode voltar a caminhar”, relata.
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Idas frequentes a Porto Alegre
Depois de duas cirurgias, uma em novembro de 2022 e outra em março deste ano, Ruan venceu o câncer e uma válvula que auxilia a ida de líquido para o cérebro foi instalada na cabeça, como explica o pai. Mas mesmo sem o tumor, as idas à Porto Alegre continuam de duas a três vezes por semana para monitoramento da saúde.
Segundo a chefe do setor de Atenção Básica de Montenegro, Camila Aversa, o menino é atendido pelo serviço de saúde do município e o deslocamento é garantido pela Prefeitura. O pai detalhou que a dinâmica para chegar à capital começa às 5h30, com a saída de Montenegro, e o retorno para a cidade se dá às 15 horas.
Ajuda para custear gastos
A ajuda que a família precisa é para auxiliar nos gastos com medicamentos e no dia-a-dia. Silva afirma que eles já são inscritos em serviços sociais como o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de Montenegro, mas as doações de alimentos não são o suficiente. “O CRAS nos dá uma cesta básica por mês, mas não chega para a gente”, assegura.
São cerca de R$ 90 mensais desembolsados pela família para arcar com os medicamentos de Ruan, que não são ofertados pela farmácia pública. “A gente poderia pegar um advogado do Estado para conseguir esses remédios, mas aí tinha que levar para Fórum, marcar audiência e eu não podia esperar. Foi aí que eu comecei pedir ajudar”, revela.
Além do tratamento, aluguel, fraldas e utensílios de higiene infantil também estão entre as grandes despesas do casal. “A ajuda que eu peço é até começar a trabalhar, porque eu sei que isso é uma fase e vai passar. É complicado ver as coisas terminando”, lamenta o pai do garoto, que diz estar em busca de uma oportunidade de emprego.
Para ajudar com doações em dinheiro, a chave PIX da família é o número de telefone (51) 996172565. Pelo mesmo número, é possível também entrar em contato com a família e obter mais informações sobre doações de alimentos.
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