Pai e filha viajam de Porto Alegre a Campo Bom à caça de dirigível

Maria Helena Trentin, de nove anos, e o pai, Alexandre Trentin, acordaram cedo. Às cinco da manhã deste sábado (1º), eles já estavam de pé, com uma missão: ver de perto o dirigível que, nos últimos dias, passou por Porto Alegre, gerando muito comentário.

A primeira tentativa não deu certo. Eles tinham a informação de que o zepelim partiria do Aeroclube do Rio Grande do Sul, em Belém Novo, no extremo sul da capital. Quando chegaram lá, ele já havia partido. Alexandre e Maria seguiram então para Novo Hamburgo. Circulava uma informação de que o veículo pousaria no aeroclube, em Canudos, ao meio-dia.

Depois de uma hora de tranqueira na BR-116, os dois chegaram ao local, onde algumas dezenas de curiosos já se reuniam à espera do dirigível. Que não chegou.

Por volta das 12h20, o dirigível aterrissou em um terreno particular, na Barrinha, em Campo Bom. Logo, começaram a chegar pessoas interessadas em ver de perto o dirigível e tirar fotos. Entre eles, Maria Helena e Alexandre, que chegaram por volta das 13 horas.

Questionada se a manhã de correria foi recompensada, a pequena Maria responde sem titubear: “Valeu a pena, sim”. Alguns aspectos surpreenderam a pequena. “Ele não faz barulho”, observou a menina. “Eu achei que ele era maior e mais pontudo”, completou.

Alexandre conta que a expectativa pelo encontro com o dirigível durou a semana inteira. “Na década de 1930, passou o famoso Zeppelin em Porto Alegre. Vi por fotografia. Já andei de avião, de balão e helicóptero. Gostaria muito de andar de dirigível, pena que não é para passeios. Mas vale a pena, fica uma emoção. É uma coisa que a minha filha vai lembrar pra sempre e eu também”, afirma o engenheiro civil de 46 anos.

Começa a viagem de volta

O dirigível esteve em Porto Alegre, contratando pelo Sistema Fetransul, para divulgar o setor de transportes no evento South Summit Brazil, realizado entre quarta e sexta-feira, no Cais Mauá. O veículo, único no País, pertence à empresa Airship do Brasil, que tem base em São Carlos, interior de São Paulo, onde foi construído o veículo.

Neste sábado, o dirigível foi até a Serra, onde sobrevoou a cidade de Bento Gonçalves, onde vive o proprietário da empresa. Em seguida, se deslocou até Campo Bom, área em que a equipe havia avaliado melhores condições de pouso.

O início da viagem de retorno está previsto para este domingo (2). O dirigível percorre cerca de 350 quilômetros por dia, em sete horas de voo. O grupo saiu de São Carlos no dia 20 de março.

Equipes na terra e no ar

No ar, vão o piloto e mais um acompanhante. Por terra, uma equipe formada por 15 pessoas dá suporte ao dirigível, com uma van, dois automóveis, uma caminhonete e um caminhão, que serve de oficina e escritório.

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