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CHEIA HISTÓRICA DO SINOS

CATÁSTROFE NO RS: "Os diques não vão romper, são seguros", garante o prefeito de São Leopoldo

Ary Vanazzi explica, contudo, que a água deve passar por cima das estruturas; Defesa Civil monitora situação

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Publicado em: 03/05/2024 às 19h:51 Última atualização: 03/05/2024 às 21h:04
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Os diques, sistema contra as cheias construído em São Leopoldo na década de 1970, conforme o prefeito Ary Vanazzi, são seguros e não há risco de rompimento. “Não existe esta possibilidade”, garante.

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Dique do Rio dos Sinos em São Leopoldo, na altura do bairro São Miguel



Dique do Rio dos Sinos em São Leopoldo, na altura do bairro São Miguel

Foto: Priscila Carvalho/GES-Especial

O político ressalta que as estruturas foram construídas com base na enchente de 1941 e a de agora é maior, por isso o que deve ocorrer é o extravasamento de água, ou seja, a água passar por cima dos diques, tanto das estruturas feitas de terra, como do muro.

Assim, a previsão é que a água passe por cima do dique na Vila Brás (bairro Santos Dumont) e no bairro Vicentina, e por cima do muro no bairro Campina. “Equipes estão monitorando estes locais”, afirma.

Vanazzi pede que os moradores fiquem calmos e que sigam as orientações da prefeitura, dos governos e órgãos estaduais e federais. “Estamos todos muito apreensivos com esta tragédia no Estado, mas temos que seguir calmos e distensionar, seguindo as orientações.”

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“Está é a maior enchente da história de São Leopoldo”

Em live pelas redes sociais oficiais da prefeitura leopoldense, no fim da tarde desta sexta-feira (3), o prefeito Vanazzi informou que o nível do Rio dos Sinos chegou a 7,72 metros às 17h20, subindo quatro centímetros na última hora. Às 19h52, a marca já era de 7,82 metros.

O nível limite para chegar à altura do dique, segundo o prefeito, é de 8,64 metros – na enchente de junho do ano passado, o nível chegou a 6,18 metros. “Por isso que estou dizendo: está é a maior enchente da história de São Leopoldo”. Na live, Vanazzi reforçou, mais uma vez, que o dique é seguro.



Géologo explica “fissuras” no dique

Questionado pela reportagem, o geólogo e diretor do Controle de Cheias da Secretaria Geral de Governo, Antonio Geske, falou sobre “furinhos” e “fissuras” vistas em trechos do dique, na altura do curtume Luiz Fuga, no bairro São Miguel.

“Esses furos em que a água está saindo são provenientes dos parafusos das caixas de concretagem dos painéis de concreto do muro. Quando terminou a concretagem, foram retirados e preenchidos com cimento. E isso foi se desgastando com o tempo”, esclarece. Ele destaca, ainda, que o dique começou a ser construído na década de 1970, e que os furos ficam “em linha”, todos numa mesma altura do muro.

“Não representa nenhum perigo. Aquela estrutura do muro é algo fantástico. O que tem para baixo do solo é maior que a altura do muro, são sete metros de estrutura de segurança”, completou.

*Colaborou: Priscila Carvalho

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