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TRADIÇÕES

Origami e outras técnicas japonesas estão entre as atrações da Feira da Colônia Japonesa de Ivoti

Além da gastronomia, conta com outras atividades que chamam a atenção dos visitantes

Juliana Dias Nunes
Publicado em: 26/11/2023 às 14h:34 Última atualização: 26/11/2023 às 21h:08
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Ivoti realiza neste domingo (26), a penúltima edição do ano da Feira da Colônia Japonesa. E além das delícias gastronômicas, o espaço conta com atrações que evidenciam a cultura japonesa. Entre elas está a oficina de origami. A aula é ministrada por Hideki Murata na Escola de Língua Japonesa. 

Myuki e Hideki Murata | Jornal NH



Myuki e Hideki Murata

Foto: JULIANA NUNES/GES-ESPECIAL

“Na aula deste domingo (26), fizemos uma caixinha em dois formatos. Qualquer pessoa pode participar da oficina. Vou acompanhando e auxiliando passo a passo”, conta Murata, que junto com a esposa Miyuki Murata representa a Yakami Origami.

Hideki explica que a arte milenar utiliza, geralmente, um papel quadrado de 15 centímetros por 15 centímetros e de gramatura fina, com 60 gramas.

“O papel ele tem um padrão e isso é para facilitar a dobra. O origami é uma técnica de dobradura, mas ao mesmo tempo uma brincadeira e, no nosso caso, a oficina é sinônimo de encontro. Tem gente que participa de todas, como uma professora, por exemplo, que vem para aprender e ensinar aos seus alunos”, diz.

 A técnica, segundo Hideki, aguça a motricidade fina e também ajuda a amenizar a ansiedade.

Igor Hatanda mostra a técnica takezaiku | Jornal NH



Igor Hatanda mostra a técnica takezaiku

Foto: JULIANA NUNES/GES-ESPECIAL

Já o artesão Igor Hatanda, utiliza a técnica japonesa takezaiku. “Take é bambu e zaiku é ofício, trabalho. Nesta técnica eu extraio a casca do bambu e quando tenho centenas, milhares de tiras começo a trançar a peça. O cesto, por exemplo, levei semanas para fazer. Peças conceituais levam mais tempo e, por isso, são mais caras”, diz.

Hatanda aprendeu a arte quando morou no Japão. “Me formei em Desenho Industrial no Brasil, mas percebi que minha habilidade não era em escritório, mas com as mãos. A partir de 2012, comecei a aplicar a técnica e fui aprendendo cada vez mais”, explica o artesão que ganhou em 2023, o primeiro lugar no prêmio Bunkyo. 

“O Bunkyo cuida de todas as questões culturais e artísticas relacionadas ao Japão em São Paulo. Me inscrevi no edital, passei por todas as etapas e ganhei. São poucos no Brasil que utilizam a takezaiku. Nesta técnica japonesa fica tudo muito bem finalizado e de uma forma agradável, que não machuca. A estética tem muito gabarito, é tudo muito simétrico.”

A feira

Feira da Colônia Japonesa | Jornal NH



Feira da Colônia Japonesa

Foto: JULIANA NUNES/GES-ESPECIAL

A penúltima edição segue até às 17 horas deste domingo (26) e a última edição do ano já tem data, será no dia 17 de dezembro.

O evento de Ivoti recebe visitantes de diversas cidades. A excursão guiada por Neuza Lúcia Costa,60, saiu de Osório rumo à Ivoti no começo da manhã. “Os clientes gostam muito de novidades. Tenho uma colega que veio com a família conhecer Ivoti e me indicou. Coloquei nas redes da nossa agência e teve adesão rápida. Viemos ficar o dia todo, vamos também ao Núcleo de Casas Enxaimel”, comenta.

Grupo de Osório esteve na Colônia Japonesa de Ivoti pela primeira vez | Jornal NH



Grupo de Osório esteve na Colônia Japonesa de Ivoti pela primeira vez

Foto: JULIANA NUNES/GES-ESPECIAL

O grupo visitou todos os espaços, entre eles o Memorial da Colônia Japonesa. “Achei muito lindo, é ótimo conhecer outras culturas”, relata a faxineira aposentada Oremir Marques, 76, que é moradora de Osório.

A visita ao Memorial foi conduzida pelo sociólogo e membro da organização cultural, Marco Ushida. “Uma das novidades é o mural de fotos com todas as atividades que envolvem a colônia japonesa no Rio Grande do Sul”, destaca Ushida.

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