Nesta quarta-feira (22) aconteceu o terceiro dia do novo julgamento de Leandro Boldrini, acusado de matar o filho Bernardo, em 2014. O crime aconteceu em Três Passos e na época a vítima tinha 11 anos. A primeira testemunha a ser ouvida foi a psicóloga Ariane Schmitt, que acompanhava o menino. “Órfão de uma família ausente. Isso é mais triste do que uma perda”, afirmou em seu depoimento.
A profissional de saúde ainda relatou que Leandro e a madrasta de Bernado, Graciele Ugulini, tinham desinteresse no acompanhamento das sessões de terapia do menino. “Pouco entusiasmo, pouco tempo entre aspas”, salientou.
Questionada pela promotora Lúcia Helena Callegari sobre a saúde mental da vítima, a psicóloga afirmou que Bernardo não era bipolar e nem esquizofrênico. “Ele era órfão, carente, muito afetuoso. Uma criança querida por todo mundo”, descreveu. Ariane foi a última testemunha da acusação a prestar depoimento no júri. “Órfão de mãe morta e de pai vivo”, concluiu a psicóloga que durante seu depoimento relatou o ambiente familiar en que Bernardo vivia.
Ainda pela manhã, deu-se início as oitivas das testemunhas arroladas pela defesa de Leandro Boldrini. O primeiro a prestar depoimento foi Luiz Gomes Pinto. No retorno do intervalo do almoço, por volta das 14h15, Marlise Cecília Renz, a segunda testemunha de defesa prestou o seu depoimento.
Após um breve intervalo, foi a vez de Lori Heller falar sobre o caso ao Júri. Rosângela Andreia Pinheiro também falou em defesa de Leandro. E por último, Andrigo Rebelato respondeu questionamentos sobre o caso. Até às 21 horas, o depoimento dele não havia sido encerrado.
A previsão é que o julgamento termine nesta quinta-feira (23). Boldrini é acusado de matar o filho, em 2014, e responde pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica. Em 2019, ele já havia sido condenado há 33 anos de prisão pelo crime. No entanto, em 2021 o julgamento foi anulado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.
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