TEMPERATURA EXTREMA
ONDA DE CALOR: Choque de calor pode levar à morte; fique atento aos sintomas e quais cuidados para evitar riscos à saúde
Estudo indica que os riscos de morte relacionados ao clima estão cada vez maiores
Última atualização: 16/11/2023 17:25
A onda de calor que volta a atingir o país e promete ser ainda mais intensa em novembro, motivam uma série de cuidados com a saúde. Segundo a Metsul Meteorologia, um estudo publicado na Revista Nature, intitulado “Rápido aumento no risco de mortalidade relacionada ao calor”, indica que os riscos de morte relacionados ao clima estão cada vez maiores.
Os autores compararam análises de dados em 47 países e, na maioria dos locais, houve a redução entre os intervalos de eventos de mortalidade por calor. Se no passado a recorrência era de um a cada 100 anos, atualmente esse hiato passou a ser de um a cada 20 anos. “As nossas conclusões destacam a necessidade urgente de uma forte mitigação e adaptação para reduzir os impactos nas vidas humanas”, afirmam os cientistas.
O estudo faz referência também a uma pesquisa de 2015, relacionada à onda de calor extremo que aconteceu no ano anterior em São Paulo. Na época foram 1,2 mil mortes associadas ao calor, número que seria esperado a cada 134 anos na média da década anterior.
Riscos com o choque de calor
A Metsul emitiu recentemente um alerta para os riscos de mortes decorrentes do calor em território brasileiro. Conforme o portal de notícias meteorológicas, o calor é um “causador silencioso de mortes.” De acordo com dados monitorados pelo Serviço Meteorológico Nacional nos Estados Unidos, o calor extremo é mais mortal do que outros desastres naturais, como chuvas.
O choque de calor, por exemplo, é uma condição causada pela exposição prolongada ou esforço extremo em um período de altas temperaturas. É a forma mais grave de lesão por calor e insolação, podendo acontecer se a temperatura do corpo subir e ultrapassar os 40°C. Se não for tratado, pode danificar o cérebro, o coração, os rins e músculos.
Os maiores riscos foram identificados em idosos e para mortes cardiovasculares e respiratórias.
Dicas para se prevenir
Conforme a Mayo Clinic, a primeira e mais importante atitude é: ingerir pelo menos dois litros de água por dia, visando manter-se hidratado, o que ajuda a manter a temperatura corporal.
Outra dica é utilizar roupas folgadas e leves, já que vestuários mais juntos não permitem o corpo de esfriar adequadamente. As queimaduras solares também são consideradas como extremamente perigosas, principalmente em horários em que os raios solares são mais fortes. Os médicos alertam para a necessidade do uso de protetor solar constante, especialmente em crianças.
O esforço físico, segundo os especialistas, deve ser evitado nas horas mais quentes do dia. “Se você não puder evitar atividades cansativas em tempo quente, beba líquidos e descanse com frequência em um local fresco. Tente agendar exercícios ou trabalho físico para as partes menos quentes do dia, como de manhã cedo ou à noite”, completam.