A onça-parda que apareceu na área urbana de Vacaria, na Serra gaúcha, foi resgatada após passar 11 horas no alto de uma árvore. Segundo o 3º Batalhão Ambiental da Brigada Militar (3º BABM), ela apareceu no local por volta das 14h25 de segunda-feira (29), quando moradores do bairro Jardim dos Pampas avistaram o animal.
Desde o horário, o local foi isolado e a onça foi monitorada. Os policiais militares chamaram a divisão de fauna da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), para auxiliar na proteção do felino.
Como o animal não saiu por conta própria da árvore, um médico veterinário da Universidade de Caxias do Sul (UCS) foi chamado à noite para auxiliar no resgate.
A RGE também foi acionada para desligar a energia elétrica, devido a proximidade dos fios da rede com a árvore onde estava o felino. Por volta da 1h30 desta terça-feira (30), o veterinário conteve a onça com dardos de sedativos. Ela pulou em um galho que se quebrou e caiu no chão. Ao tentar fugir, foi parada pelas equipes com o auxílio de redes e de um cambão.
De acordo com o 3º BABM, o animal é um jovem macho de 27 quilos. Na madrugada, ele foi encaminhado para avaliação veterinária e, após, será solto em seu habitat natural.
A ação também teve apoio do Corpo de Bombeiros Militar, Guarda Municipal de Vacaria, Defesa Civil e veterinários e biólogos voluntários.
NA ÁREA URBANA????
Onça-parda é resgatada após passar 11 horas no alto de árvore em município da Serra gaúcha.
Saiba mais???? https://t.co/KJvHuXZfLf
Vídeo: 3º BABM pic.twitter.com/3Kp1uh4Zse
— Jornal NH (@jornalnh) May 30, 2023
Onça-parda
Onça-parda que também é conhecida como leão-baio, é o segundo maior felino do Brasil. Seu habitat se estende desde a Patagonia, no sul até o Canadá, no norte, incluindo todas as regiões e biomas brasileiros.
Segundo estudo do o Instituto Chico Mendes para a Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a aproximação da espécie com o homem não é inomum e tem sido cada vez mais frequente.
“A severa redução na disponibilidade de hábitats devido ao crescimento urbano desordenado ou aumento das atividades antrópicas, e diminuição de suas presas são as principais causas do aumento na frequência de eventos como estes, assim como são os principais fatores responsáveis pelo acentuado declínio populacional que a espécie vem sofrendo ao longo de toda a sua distribuição geográfica.”
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