Conteúdo Especial | Núcleo 360
O serviço braçal, que exige mais força, ainda pode ser feito — em sua maioria — por homens, mas a realidade de uma oficina mecânica passa, também, pelas mãos das mulheres. Isso porque a presença feminina em empresas de reparação automotiva não é novidade e vem crescendo a cada dia. Para Karine Quinjalmo, filha e irmã de mecânicos, a oficina da família sempre contou com o apoio e o olhar atento de sua mãe. “E foi assim que iniciei nesse meio ainda aos 13 anos”, conta. Hoje, ela é conhecida como a “rainha das oficinas”.
Especialista em números, ela sabe dizer exatamente os custos e a produtividade de uma oficina. “É um mercado mais masculino, em relação à produção do serviço. Mas, assim como todas as empresas pequenas e familiares, sempre tem, na retaguarda, um braço direito. E normalmente esse braço é alguém da família: uma esposa, uma filha, uma irmã”, observa.
E é sobre esse universo — e tudo o que envolve o setor de autopeças e reparação automotiva — que ocorre, na próxima semana, a 5ª edição da Reparasul. Já tradicional entre os profissionais, a feira será de 15 a 18 de novembro nos pavilhões da Fenac, em Novo Hamburgo, e deve atrair mais de 10 mil pessoas. “Trata-se de uma feira que foi construída com apoio de diversas entidades e associações importantes do setor no Estado. Além de novidades de mais de 70 expositores, o público terá a oportunidade de adquirir conhecimento através das palestras e da Oficina Modelo”, conta André Macedo, coordenador da feira.
História familiar e muita dedicação aos números
Com o pai e os irmãos mecânicos, a infância de Karine Quinjalmo sempre foi envolta de carros, motores e ferramentas. Aos 13 anos, já começou a atuar na oficina da família, que contava também o apoio da matriarca, que respondia pelos papéis e demais burocracias. E foi crescendo nesse meio que Karine viu no setor de reparação de veículos um ramo promissor para o futuro — não só dela própria, mas da família. Tanto é que, em 2024, a empresa familiar completa 40 anos. “Deixou de ser um trabalho marginalizado, um quebra-galho ou um serviço autônomo e está virando, sim, negócios grandes”, avalia.
E foi com os dois pés fincados na oficina, mas com o olhar mirando o horizonte que Karine se transformou na “rainha das oficinas”. Isso porque ela leva seu conhecimento em gestão, custos e produtividade para outras empresas — auxiliando pequenas oficinas a crescerem e se profissionalizarem. “Foram as dificuldades da minha própria família em relação a tocar uma empresa familiar que me despertou para trabalhar nessa área. E eu vi que é, sim, um mercado interessante economicamente e que é possível viver dele”, conta.
Além de auxiliar sua própria família, Karine também atua como consultora e está à frente da Oficina Mais Sistemas de Gestão, que desenvolve soluções pensadas no segmento. Presença confirmada na Reparasul, Karine vai mediar um painel sobre os desafios e as oportunidades de oficinas especializadas em preparação, customização, câmbios, motores, ar condicionado, under car, diagnósticos, funilaria e revisões. O encontro está dentro da programação Arena do Conhecimento, cuja primeira palestra é sobre liderança feminina nas oficinas, com a fundadora do Instituto MV8 e proprietária da Paiva Car, Eva Paiva.
Agende-se
O quê: 5ª Reparasul – Feira de Autopeças e Reparação Automotiva
Quando: 15 a 18 de novembro
Horário: de quarta a sexta-feira, das 15 às 22 horas; e sábado, das 9 às 18 horas
Onde: Fenac, em Novo Hamburgo
Credenciamento: entrada gratuita mediante credenciamento através do site www.reparasul.com.br. A feira é destinada aos profissionais do setor. É proibida a entrada de menores de 14 anos
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