RECUPERAÇÃO DO RS
Obras no aeroporto de Canela serão apresentadas à comunidade na próxima semana
Infraero assume a gestão com compromisso de assegurar recebimento de aeronaves de médio porte
Última atualização: 03/09/2024 17:37
A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) é, oficialmente, a gestora dos aeroportos de Canela e de Torres. O repasse da outorga do Estado à União foi concluído, nesta terça-feira (3), conforme o representante do Ministério da Reconstrução, Milton Zuanazzi.
“A gente está muito satisfeito. Foi uma batalha que a gente vinha perseguindo, desde que iniciamos com o Ministério Extraordinário da Reconstrução, como alternativas enquanto o Salgado Filho não volta pleno e também como futuro. Olhando os dois aspectos, a reconstrução e a construção de um novo momento para o Estado”, declara.
Conforme Milton, a equipe de engenharia da Infraero deve chegar a Canela, na quinta-feira (5). Na terça-feira (10), as obras para ampliar a possibilidade de voos no aeroporto serão apresentadas. O encontro deve acontecer pela manhã, às 10 horas, mas ainda não foi definido o local. “Será apresentado o cronograma de obras e algumas decisões que a Infraero quer tomar conjuntamente com a comunidade”, esclarece.
O representante do governo federal afirma que, como o aeroporto necessita de obras complexas para o alargamento da pista, seria necessária a paralisação total das atividades no local.
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A ideia é que haja o alargamento da pista para 25 metros e, em um segundo momento, para 30 metros. Com isso, seria possível receber aviões de médio porte, com capacidade para até 72 passageiros, um dos compromissos assegurados pela Infraero junto ao governo estadual.
“Há investimentos que serão apresentados para curto, médio e longo prazo. Uma das necessidades é um terminal de passageiros. Provavelmente, em curto prazo, será um terminal de campanha, depois um efetivo e, assim, sucessivamente. É um processo que a gente vai iniciar e vamos ir aprimorando”, prospecta.
De acordo com Milton, o intuito é deixar a estrutura pronta para que as companhias aéreas possam operar. Conforme ele, por causa da demanda turística da Serra, deve haver esse interesse.
“No Brasil, as empresas aéreas têm autonomia tanto de preço quanto de horário. Elas escolhem destinos. Então, é uma livre concorrência, mas nós temos certeza de que há demanda. Já estamos conversando com as empresas há bastante tempo e anunciando que isso ia ocorrer, para que fossem se preparando e estudando o mercado e a demanda para que a gente possa ter essa operação”, salienta.