TURISMO
Obras de ampliação do Kempinski Laje de Pedra já iniciaram e foco é em sustentabilidade
Famoso hotel de Canela reabrirá ao público em 2026, quando os primeiros 128 apartamentos serão entregues
Última atualização: 04/03/2024 17:05
As obras de retrofit e ampliação do Kempinski Laje de Pedra já iniciaram. Em cerimônia simbólica na manhã de terça-feira (18), foi feito o descerramento da pedra fundamental. Os três sócios do empreendimento, José Paim, José Ernesto Marino Neto e Márcio Carvalho, da LDP Canela S/A estavam presentes, além de autoridades locais, como o prefeito Constantino Orsolin.
“Fizemos este evento simbólico para mostrar para a comunidade que as coisas estão acontecendo, que o projeto está de acordo com o previsto. É uma obra mais complicada que fazer um prédio novo, se tem que preservar o que já foi feito, e ao mesmo tempo toda a parte interna é remodelada”, pontua o sócio José Paim.
As obras em si iniciaram no dia 1º de fevereiro deste ano, e a previsão de conclusão da primeira fase é abril de 2026. Com as obras prontas em abril, a abertura está prevista para agosto. As outras duas fases das obras de ampliação do hotel estão previstas para 2027 e 2028.
Esta primeira etapa contempla investimento de R$ 239 milhões para a reforma e modernização de 24 mil metros quadrados de área construída. Nesta fase é prevista a entrega dos primeiros 128 apartamentos (serão 357 no total) e todo o equipamento e instalação hoteleira das áreas comuns, incluindo piscinas, restaurantes, bares, academia, SPA, kids club, teatro, lojas, centro de eventos e enfermaria com telemedicina.
Neste momento, as obras estão focadas no edifício de estacionamento e no bloco B de apartamentos. No local onde futuramente será o estacionamento, cerca de 80 caminhões carregados de terra saem diariamente. São mil metros cúbicos do produto retirados do local todos os dias de trabalho.
No bloco B, a estrutura externa, dos conhecidos arcos e colunas, símbolos do Laje de Pedra, serão mantidos. Entretanto, está sendo realizada uma demolição interna, para readequação dos tamanhos dos apartamentos – que passarão a ter 54 metros quadrados neste bloco –, e mudança dos materiais para as normas vigentes de segurança. Neste bloco também será erguido um terceiro piso, harmonizando com a estrutura já existente.
Futuramente, as construções irão avançar para uma grande área comum que interligará os blocos de apartamentos e restaurantes, e para o bloco C, com apartamentos maiores (chegando a 290 metros quadrados) e vista para o Vale do Quilombo, tudo ainda previsto na primeira fase de obras.
“Este vai ser o hotel mais importante da América do Sul. Não somente pelo projeto mas pela natureza. O nosso público, exigente, de alta renda, busca contato com a natureza. E o hotel precisa inserir isso e também ter o menor impacto possível no meio ambiente, algo já faz parte do DNA da marca”, destaca Paim.
Tudo que é possível doar, da terra aos materiais, é doado. A madeira das árvores derrubadas e paralelepípedos das pedras demolidas serão utilizados nas próprias obras do hotel. Toda a preocupação com o uso de materiais e também com o meio ambiente é prevista nas certificações que o Kempinski Laje de Pedra visa obter.
“O Leed é um selo de sustentabilidade bastante conhecido, envolve todo o reaproveitamento de resíduos, ter o menor consumo possível. O próprio edifício vai ter características adaptadas, como para a geração de energia, boa parte da energia consumida é gerada no hotel, com painéis solares. Tem também o reuso de água, com captação da água da chuva para ser utilizada em irrigação, nos jardins, na limpeza, e mesmo a água utilizada no hotel é reaproveitada, depois de tratada. Nisso o hotel está usando menos recursos de energia e natureza que obras usuais”, coloca Paim.
Outra certificação que o Kempinski Laje de Pedra busca é o selo Well, que diz sobre o bem estar das pessoas, sejam os hóspedes, os funcionários do hotel ou comunidade ao redor. “Se preocupa com o conforto, que não tenha barulho, que o sistema de ventilação e iluminação sejam naturais, confortáveis, que não passem calor nem frio, que as crianças tenham um ambiente adequado, que os pets não sejam incomodados e não incomodem ninguém, tem toda uma política para que, desde o funcionário até o hospede, todos tenham a melhor qualidade de vida possível”, explica Paim.
Projeto arquitetônico
A valorização das características naturais da região e arquitetônicas presentes no antigo edifício do hotel inspiram o projeto da Perkins&Will que prevê a ampliação em 32 mil metros quadrados do complexo hoteleiro e residencial.
O projeto original da construção é do arquiteto gaúcho Edgar Graeff, contratado pelos idealizadores do hotel, José Luiz Correa Pinto e Péricles de Freitas Druck, para transformar um desejo em realidade. Inaugurado em 1978, o local refletiu, durante mais de 40 anos, sua época. Agora, ganha um ar contemporâneo e passa a representar as tendências de arquitetura e design do século XXI.
História
Após 42 anos de funcionamento, o Hotel Laje de Pedra encerrou suas atividades em maio de 2020. Já enfrentando problemas financeiros, o empreendimento não resistiu ao agravamento da crise provada pela pandemia do coronavírus.
Em janeiro de 2021, foi adquirido pelo LDP Canela Empreendimentos e Participações S/A, com os sócios José Paim, José Ernesto Marino Neto e Márcio Carvalho, pelo valor de R$ 52 milhões. O antigo grupo de hotéis de luxo da Europa, Kempinski Hotels, chegou depois com a parceria.
Eleito seguidas vezes como o melhor hotel do Brasil, o Laje de Pedra foi destino da elite econômica, cultural e política e palco dos festivais de música brasileira por anos. Em 1992, o local foi escolhido pelos cinco países para sediar a assinatura de um tratado ambiental do Mercosul.
As obras de retrofit e ampliação do Kempinski Laje de Pedra já iniciaram. Em cerimônia simbólica na manhã de terça-feira (18), foi feito o descerramento da pedra fundamental. Os três sócios do empreendimento, José Paim, José Ernesto Marino Neto e Márcio Carvalho, da LDP Canela S/A estavam presentes, além de autoridades locais, como o prefeito Constantino Orsolin.
“Fizemos este evento simbólico para mostrar para a comunidade que as coisas estão acontecendo, que o projeto está de acordo com o previsto. É uma obra mais complicada que fazer um prédio novo, se tem que preservar o que já foi feito, e ao mesmo tempo toda a parte interna é remodelada”, pontua o sócio José Paim.
As obras em si iniciaram no dia 1º de fevereiro deste ano, e a previsão de conclusão da primeira fase é abril de 2026. Com as obras prontas em abril, a abertura está prevista para agosto. As outras duas fases das obras de ampliação do hotel estão previstas para 2027 e 2028.
Esta primeira etapa contempla investimento de R$ 239 milhões para a reforma e modernização de 24 mil metros quadrados de área construída. Nesta fase é prevista a entrega dos primeiros 128 apartamentos (serão 357 no total) e todo o equipamento e instalação hoteleira das áreas comuns, incluindo piscinas, restaurantes, bares, academia, SPA, kids club, teatro, lojas, centro de eventos e enfermaria com telemedicina.
Neste momento, as obras estão focadas no edifício de estacionamento e no bloco B de apartamentos. No local onde futuramente será o estacionamento, cerca de 80 caminhões carregados de terra saem diariamente. São mil metros cúbicos do produto retirados do local todos os dias de trabalho.
No bloco B, a estrutura externa, dos conhecidos arcos e colunas, símbolos do Laje de Pedra, serão mantidos. Entretanto, está sendo realizada uma demolição interna, para readequação dos tamanhos dos apartamentos – que passarão a ter 54 metros quadrados neste bloco –, e mudança dos materiais para as normas vigentes de segurança. Neste bloco também será erguido um terceiro piso, harmonizando com a estrutura já existente.
Futuramente, as construções irão avançar para uma grande área comum que interligará os blocos de apartamentos e restaurantes, e para o bloco C, com apartamentos maiores (chegando a 290 metros quadrados) e vista para o Vale do Quilombo, tudo ainda previsto na primeira fase de obras.
“Este vai ser o hotel mais importante da América do Sul. Não somente pelo projeto mas pela natureza. O nosso público, exigente, de alta renda, busca contato com a natureza. E o hotel precisa inserir isso e também ter o menor impacto possível no meio ambiente, algo já faz parte do DNA da marca”, destaca Paim.
Tudo que é possível doar, da terra aos materiais, é doado. A madeira das árvores derrubadas e paralelepípedos das pedras demolidas serão utilizados nas próprias obras do hotel. Toda a preocupação com o uso de materiais e também com o meio ambiente é prevista nas certificações que o Kempinski Laje de Pedra visa obter.
“O Leed é um selo de sustentabilidade bastante conhecido, envolve todo o reaproveitamento de resíduos, ter o menor consumo possível. O próprio edifício vai ter características adaptadas, como para a geração de energia, boa parte da energia consumida é gerada no hotel, com painéis solares. Tem também o reuso de água, com captação da água da chuva para ser utilizada em irrigação, nos jardins, na limpeza, e mesmo a água utilizada no hotel é reaproveitada, depois de tratada. Nisso o hotel está usando menos recursos de energia e natureza que obras usuais”, coloca Paim.
Outra certificação que o Kempinski Laje de Pedra busca é o selo Well, que diz sobre o bem estar das pessoas, sejam os hóspedes, os funcionários do hotel ou comunidade ao redor. “Se preocupa com o conforto, que não tenha barulho, que o sistema de ventilação e iluminação sejam naturais, confortáveis, que não passem calor nem frio, que as crianças tenham um ambiente adequado, que os pets não sejam incomodados e não incomodem ninguém, tem toda uma política para que, desde o funcionário até o hospede, todos tenham a melhor qualidade de vida possível”, explica Paim.
Projeto arquitetônico
A valorização das características naturais da região e arquitetônicas presentes no antigo edifício do hotel inspiram o projeto da Perkins&Will que prevê a ampliação em 32 mil metros quadrados do complexo hoteleiro e residencial.
O projeto original da construção é do arquiteto gaúcho Edgar Graeff, contratado pelos idealizadores do hotel, José Luiz Correa Pinto e Péricles de Freitas Druck, para transformar um desejo em realidade. Inaugurado em 1978, o local refletiu, durante mais de 40 anos, sua época. Agora, ganha um ar contemporâneo e passa a representar as tendências de arquitetura e design do século XXI.
História
Após 42 anos de funcionamento, o Hotel Laje de Pedra encerrou suas atividades em maio de 2020. Já enfrentando problemas financeiros, o empreendimento não resistiu ao agravamento da crise provada pela pandemia do coronavírus.
Em janeiro de 2021, foi adquirido pelo LDP Canela Empreendimentos e Participações S/A, com os sócios José Paim, José Ernesto Marino Neto e Márcio Carvalho, pelo valor de R$ 52 milhões. O antigo grupo de hotéis de luxo da Europa, Kempinski Hotels, chegou depois com a parceria.
Eleito seguidas vezes como o melhor hotel do Brasil, o Laje de Pedra foi destino da elite econômica, cultural e política e palco dos festivais de música brasileira por anos. Em 1992, o local foi escolhido pelos cinco países para sediar a assinatura de um tratado ambiental do Mercosul.