"O vento é nossa alegria e combustível": Com chegada do nordestão, é tempo de colocar a prancha na água e a pipa nos ares

Com a chegada do nordestão ao litoral norte, que para muitos veranistas significa o fim da possibilidade de aproveitar a beira-mar, para os amantes de esportes aquáticos representa o início da aventura. E eles não perderam tempo.

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Os ventos intensos e constantes criaram o cenário ideal para modalidades como o kitesurf, que combina prancha e pipa para velejar com velocidade sobre as ondas. É exatamente o que muitos destes praticantes estão fazendo desde a tarde de terça-feira (14), entre as praias de Tramandaí e Imbé, quando o vento com velocidade superior a 30 km/h chegou à costa norte gaúcha.

Nesta quarta-feira (15), os veranistas que circulavam pela região da guarita 129, na área central de Imbé, se depararam com um rosto conhecido no cenário esportivo do litoral: Sidinei Guimarães de Freitas, o Sidi, 52 anos. Nativo de Imbé, pratica esportes no mar desde a adolescência, mas há pouco mais de 10 anos se apaixonou pelo kitesurf e tornou isso uma profissão. Além de velejar, também se tornou instrutor do kitesurf e tem formado novos adeptos.

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“Pego onda desde moleque e o vento era algo que me incomodava, como ainda atrapalha e incomoda os banhistas. Hoje pago o preço, porque preciso do vento para praticar o esporte que entrou na minha vida e se tornou uma paixão. O vento é nossa alegria e combustível. Então, quando tem previsão de vento, a galera se joga pra água”, explica Sidi.

Nesta quarta, Sidi estava na posição de instrutor. Ele estava ensinando o policial militar Francisco Bragança de Moraes a dar seus primeiros passos no kitesurf. Bragança é ligado aos esportes de aventura e adrenalina. Ele salta de paraquedas há alguns anos, e agora decidiu se aventurar também pelos mares.

“Gosto de estar no ar, de adrenalina e de estar conectado à natureza. O kitesurf sempre foi uma coisa que me chamou muito a atenção. Só que eu morei na região central do estado, onde não tem mar, e não tinha muito vento. Agora que vim morar no litoral, resolvi colar no Sidi”, conta.

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Essa foi a segunda aula de Bragança, e ele já mostrou habilidade no controle da pipa. O próximo passo é subir na prancha e buscar o equilíbrio enquanto tenta dominar a pipa, para, daí sim, começar a velejar. A “sorte” de Bragança em ter um instrutor ao lado nesse processo de entrada no esporte não foi a mesma que Sidi teve quando começou a praticar kitesurf.

“Aprendi sozinho, e descobri os dois lados. Descobri o lado errado por conta própria e agradeço a Deus por ter tido a oportunidade de aprender, não desistir e não me machucar. Depois, da forma correta, eu aprendi fazendo um curso internacional de instrutores, e agora posso ensinar essa galera com segurança”, destaca.

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O que é o kitesurf?

O kitesurf é uma modalidade que une técnica, equilíbrio e paixão pelo vento. Com uma pipa controlada por cabos e uma prancha adaptada, os praticantes deslizam pela água com a força dos ventos. O esporte, que exige coordenação e desejo de aventura, oferece uma experiência única de conexão com a natureza e liberdade. “É um esporte apaixonante. Agora, no verão, então, que delícia: calor, água quente e, com o vento que está rolando direto aqui no litoral, estamos feitos. Precisamos da natureza a nosso favor e ela está nos agraciando esse ano”, enaltece.

Quem estava na beira da praia nesta quarta-feira pôde acompanhar a aula do instrutor Sidi e do aluno Bragança, mas também assistir outro praticante do esporte que aproveitou o dia com vento na casa dos 30 km/h para velejar. “É impressionante ver a velocidade que pega. Fico impressionada cada vez que vejo eles no mar. Admiro a coragem e a habilidade deles”, expõe Maísa Antunes Brito, que é de Colinas e está passando um período de férias em Imbé.

Quem tiver interesse em conhecer mais sobre o esporte ou até mesmo iniciar na modalidade, pode procurar Sidi pelas redes sociais. No Instagram, o perfil é @kitesidi.