O governador Eduardo Leite (PSDB) esteve presente na primeira agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no RS, quando participou da entrega de casas habitacionais no condomínio Morada da Fé, localizada no bairro Lomba do Pinheiro, na zona Leste de Porto Alegre, na manhã desta sexta-feira (16).
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Em sua fala, Leite aproveitou para citar as falas do presidente antes do evento, em entrevista à Rádio Gaúcha, quando Lula reclamou sobre a distância do governador com o governo federal durante a reconstrução do RS, após a catástrofe que devastou o Estado em maio. “É claro que temos diferenças em muitas questões, mas sobretudo aqui, da minha parte, o respeito institucional do governo eleito, o senhor será sempre bem-vindo ao Rio Grande do Sul”, disse, acrescentando que Lula não o verá fazer “nenhum discurso adjetivando o presidente ou o ministro disso ou daquilo”. “Não é pessoal.”
Sobre as críticas que recebeu do público, Leite relembrou o tratamento em eventos da gestão de Jair Bolsonaro. “No mandato passado, a claque dele também me vaiava, então eu ‘tô’ sendo vaiado dos dois lados.”
Mais tarde em seu discurso, Lula rebateu: “Se o outro presidente trazia claque para te vaiar, aqui quem estão dão os trabalhadores.”
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Apesar das farpas trocadas entre os governantes, Leite ressaltou a importância da democracia. “Estamos na vida pública nessa condição, a gente debate, diverge, se enfrenta, mas sempre na bola, sem canelada.”
Para ele, a cobrança para receber recursos prometidos pelo governo federal se faz necessária. “Se de um lado a gente agradece que recursos volumosos foram aportados, de outro lado, a gente observa que muito desse recurso não está sendo acessado porque tem entraves, burocracias”, expõe. “O presidente veio e anunciou recurso de R$ 1,5 bi para garantir emprego, a gente agradece. Do outro lado, esse dinheiro ficou amarrado”, apontou.
Em seu discurso, Leite relembra que, assim que acabou a pandemia do coronavírus, o RS passou por seca e, por fim, enchentes. “Não é só essa calamidade que enfrentamos, são recorrentes calamidades”, expôs. “O Rio Grande do Sul precisa dessa atenção e reivindica seus direitos. Não deixará de haver agradecimento, mas também não deixara de haver cobrança.”
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